Os funerais dos VIP's deste mundo começam, pelo menos por Portugal, mas não só, a tornar-se um espetáculo. Quando devia ser um momento reservado à família torna-se uma passagem de modelos, roupas caríssimas, levantadas à pressa numa qualquer loja de penhores, damas e cavalheiros que se mostram na fila, um estúdio de televisão improvisado, entrevistas e mais entrevistas e, nós os que estamos em casa a assistir a tal cena patética, a olharmos para toda a panóplia de abutres que viveu à custa do morto. Muitos mesmo, às centenas! Todos com o refrão bem memorizado das frases de circunstância. Mais um "Globos de Ouro" com toda a hipocrisia que é costumeira. Até os candidatos à Sociedade Anónima de Poluidores de Esquina apareceram. Louvores e mais louvores não faltaram, como é habitual nestas, como noutras ocasiões.
Como diria alguém que muito prezo, mas que omito o nome, pois nunca o diria perante uma tal cena tão triste, "o espetáculo deve continuar"! Que continue, então!
Uma pergunta simples e ingénua!
Quem ficará a mandar no ‘novo’ grupo a constituir-se e que vai, assim o dizem os relatórios e contas, salvar o «império»?
Pois é, vai haver «novo grupo»!
Os italianos de um grupo fundado pelo Berlusconi? Ironia do destino!
Mas isso não preocupa nada nem ninguém.
O segredo é a alma do negócio, e mais ainda quando se trata de funerais!
