Lembrar esta data é ter presente que muitos dos objetivos desta implantação, como de outras proclamações, não vingaram por imposição das elites, todas elas, e do obscurantismo resultante da religiosidade que assolava o país.
Com o fim de uma monarquia caquética, corrupta, que assentava em gastos exorbitantes, enquanto a população vivia uma grave grave crise económica e financeira, aumento da dívida pública, desvalorização da moeda, falência de bancos e aumentos de impostos, só restava a revolta. A monarquia caía como um castelo de cartas! Um povo, analfabeto e rural, elegia sempre quem o comprasse! Acreditou-se, sempre a ilusão, de que algo mudaria com as elites.
Nunca mudará!
Desde logo, porque o que estava em causa não era a opção entre monarquia e democracia. A elite nunca pensou em tal. Privilégios eram e são muitos, há que os preservar! O analfabetismo e o poder clerical outras das razões. Os caciques retrógrados nunca o permitiriam.
Para evitar o obscurantismo chegou-se ao cúmulo de restringir o direito de voto da população, fazendo a percentagem de cidadãos com direito de voto descer de 75% para 30%.
O problema do analfabetismo e do obscurantismo continuaria até aos nossos dias dado que o ensino e principalmente a aprendizagem era e é deficitária.
A Bem da Nação como se verificaria e verifica.
O poder das elites sempre ao comando do leme!
Melhores condições de vida para operários e camponeses nunca se verificariam e a chegada da ditadura era eminente.