O atual presidente da Câmara da Guarda, vai recandidatar-se a novo mandato pelo movimento independente, "PG - Pela Guarda" e com o apoio de dois partidos de pouca ou nenhuma expressão no panorama eleitoral local, o "Nós Cidadãos" e o PPM, para evitar chumbo do tribunal.
O candidato ainda presidente anunciou que iria publicar um livro com os discursos proferidos ao longo do seu mandato. TODOS têm o direito e a legitimidade de publicarem o que lhes dá na real gana, desde que haja uma editora que o realize.
O livro apareceu com o título "Uma visão da Guarda", nada original, e com o "Testemunho" de Paulo Portas, em tudo original.
O aparecimento do livro é mais uma armadilha bem urdida para dar tempo de antena ao candidato e simultaneamente angariar legalmente uns dinheiros para a campanha.
Mais que óbvio!
O que não se sabe e daí as suspeições que se levantam é quem pagou os custos de impressão.
Foi a câmara? Foi a diocese?
A Véritas, casa oficial de venda de artigos religiosos e não só, é a "fiel" depositária do livrinho.
Consta-se que foi impresso na Véritas e tem a chancela da Diocese, proprietária do jornal "A Guarda".
A religião e o poder político de mãos dadas!
Não se sabe se o Bispo ou a comissão diocesana deram o seu aval, ou, se foi tudo tratado no recato.
Com ou sem alcova o livro apareceu impresso!
São coordenadores da edição um tal António Rodrigues e o inseparável escudeiro real, António Mendes, "o tal que à porta o tendes"!
Está tudo, ou quase tudo, escrito na ficha técnica do livro!
É só ler.
A manipulação da fé e da religião por atores políticos para mobilizar eleitores e defender interesses, pode levar à corrupção de instituições religiosas e ao empobrecimento do discurso espiritual.
É só para lembrar!
Já quanto a recatos, lembrar aos incultos que "A Concordata entre a Santa Sé e Portugal", de 2004, foi assinada por Portugal e a Santa Sé, em segredo, no dia 18 de maio de 2004.
Em segredo! Preciso dizer mais alguma coisa?