Ontem assisti, por culpa do "zapping", a uma entrevista na RTP3 ao reitor da Universidade de Lisboa e à presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.
Em Portugal continua a existir esta forma feudal, de existir um "presidente" para tudo.Curiosamente os "colegas" dizem o mesmo.
Criticam a "nova" forma de conclusão do secundário!
Declaram que são contra a fórmula de cálculo de entrada dos alunos no ensino superior. Exames obrigatórios a exames nacionais, nomeadamente à "Língua Portuguesa", deixem de lhe chamar "Português", e a Matemática, disciplinas onde há maior número de reprovações.
Deixem de falar no ensino profissional. Será preciso voltar a falar no que de mal por lá se passa?
Eu, com toda a franqueza, confirmei o muito que considero ser o mal do ensino em Portugal - o facilitismo.
Pior, justifica-se o facilitismo pela falta de apoios financeiros do Governo.
Tudo isto dito por tais eminências pardas.
Por tanto facilitismo que existiu e existe é que temos governantes da pior qualidade, incluindo a vossa própria ascensão.
Termos uma ministra, por exemplo, que não sabe o significado de "ilimitada" e é só jurista, professora e magistrada, antiga Vice-Presidente do Tribunal Constitucional, Professora Catedrática da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e anterior Provedora de Justiça de Portugal e foi, por inerência, Conselheira de Estado desde 2018.
Não vos diz nada?
Muitos outros exemplos podiam se dados. Mas estou farto.
Perguntem aos professores do ensino secundário, e de todos os outros graus, o que se ensina e o que se aprende.
Perguntem!
Depois talvez percebam a razão de 60% dos alunos do ensino secundário ficarem retidos.
Talvez, digo eu!
O dinheiro é importante para o funcionamento das instituições, obviamente, mas mais importante é a proficiência a todos os níveis.