terça-feira, dezembro 10, 2024

E o fim está próximo...

Cada vez mais os governantes realizam conferências sobre o clima com o objectivo único de entreter o povo.
São conferências patrocinadas pelas empresas mais poluidoras do mundo e realizadas em países sem qualquer interesse na problemática do clima. Um engodo para consumo de incautos.
Há países poluidores que se recusam a participar em tais conferências, pois não querem comprometer-se com nada, e coisa alguma.
Estimativas do observatório europeu Copernicus indicam que a temperatura média global em 2024 será 1,6º Celsius acima da média pré-industrial, novo recorde histórico de aquecimento.
Ou seja, a meta definida em Paris para conter as mudanças climáticas até 2030 foram já ultrapassadas em 2024.
Isto devia preocupar todo o mundo e culpabilizar um sistema económico/produtivo que está, mais uma vez, a provocar a maior e mais nefasta destruição do planeta.
Entrámos, definitivamente, num processo se retorno.
Vivemos hoje noutro planeta. Secas, enchentes, picos de calor, incêndios, crises sanitárias e poluição, provocando o aumento da insegurança alimentar, inclusive nos países ricos.
Tais catástrofes, sem comparação histórica, tornam-se dia a dia mais intensas, mais frequentes e potencialmente mais letais.
À luz da sociofísica, a questão de saber quando a meta do Acordo de Paris foi definitivamente perdida revela-se uma falsa questão, pois essa meta nasceu inalcançável. Não porque em 2015 a ciência do clima a desautorizasse. Ao contrário, nada na ciência implicava então a inviabilidade intrínseca das metas do Acordo de Paris. Mas de que serve esse Acordo e toda a ciência do clima numa sociedade em que, apenas para dar um exemplo, os bancos privados podem canalizar milhões de euros para a indústria de combustíveis fósseis após o Acordo de Paris, em flagrante escárnio das evidências científicas e em aberto desprezo pelas condições de possibilidade de sobrevivência das sociedades?
Pensem na hipocrisia que nos vendem a troco de ilusões!