Nos tempos da minha infância e quando ia com a minha avó à missa, fazia-me confusão que um sujeito anafado tivesse lugar proeminente e isolado à frente do altar e em lugar de destaque.
Numa aldeia em que a grande maioria vivia miseravelmente, aquela diferenciação causava-me comichão.
Seria o quê o senhor? Um serviçal da companhia de electricidade da Serra de Estrela.
As deferências sempre me causaram urticária.
Mas parece que na casa de Deus, onde era suposto TODOS terem o mesmo tratamento, uns continuam a ser diferenciados em função do poder que se julga terem! Onde fica a célebre frase "é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus"?
Pelos exemplos citados continuo esclarecido da retórica!
Após ter bebido a ginja de pé, ter-se sentado ao jantar com o filho, o tal "Dr. Nuno", o tartufo foi ajoelhar-se, em lugar de destaque, à meia-noite na missa do "Galo".
A "pedir perdão"???
Só espectáculo para consumo dos imbecis e glória dos outros tartufos!
Continuo a acreditar que “Religião aliada à política é uma arma perfeita para escravizar ignorantes” Malba Tahan.