As casas(??) podem estar ilegais.
Não discuto a legalidade ou ilegalidade daquilo a que «pomposamente» chamam de casas.
Mas se estão ilegais o que era EXIGIDO é que se criassem primeiro condições de realojamento CONDIGNO dos cidadãos e só depois avançarem com a demolição.
Agora demolirem, sem darem aos cidadãos qualquer alternativa que não seja o abandono ao frio, chuva e condições indignas é em qualquer parte do mundo civilizado um acto criminoso.
O Estado Português actua como criminoso.
Precisamente da mesma forma que milhares morrem no Mediterrâneo a fugirem à fome, à guerra e à perseguição de toda a forma e feitio, também estes cidadãos são despejados sem atenderem à sua condição de cidadãos indefesos.
Dizerem que umas «técnicas da Segurança Social» estiveram no local, não basta. O que foram lá fazer? Perguntarem aos cidadãos despejados, por um estado de sítio, se queriam ser realojados? Mas aonde? Não sabem.
Isto é uma afronta ao DIREITO À HABITAÇÃO consagrado na Constituição da República Portuguesa ou na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS.
Ou será que para os parasitas e mentecaptos deste país as resoluções das Nações Unidas só importam quando se fala de alto mar.
Longe das condições de sobrevivência de cidadãos de um país?
HIPÓCRITAS.
VÓMITO.