Os acionistas do Credit Suisse viram desaparecer 60% do seu investimento.
E alguns obrigacionistas do banco viram o preço dos seus ativos cair para zero.
A tragédia começou e não vai parar.
Segundo a Bloomberg, o write-off das obrigações do Credit Suisse foi a maior perda de sempre registada no mercado europeu de obrigações AT1, que agrega ativos de quase 275 mil milhões de euros.
E foi bem superior ao único write-off deste tipo de títulos registado até à data, cujo cunho era uma perda de 1,35 mil milhões de euros sofrida pelos titulares de obrigações júnior do Banco Popular em 2017, quando o banco foi adquirido pelo Banco Santander por um euro para evitar um colapso.
Como sempre, quem se lixa é o mexilhão.
Anunciam-se cortes de postos de trabalho nas várias divisões do Credit Suisse.
É assim o sistema capitalista.
Quem desconhece as crises cíclicas do sistema e a reformulação do mesmo com a concentração abrupta e compulsiva da actividade da agiotagem que estude.