Ora aqui temos mais e mais conversa da treta de um Costa e da sua maioria absoluta sobre transparência nos actos públicos.
Quem, amiudadamente, solicita informação à administração pública depara-se, invariavelmente, com barreiras, obstáculos e renúncias de todo o tipo para proteger a podridão que se esconde debaixo dos tapetes.
Todos os organismos da administração são OBRIGADOS por lei a prestarem contas aos cidadãos de como se organiza, funciona e são gastos os recursos que lhes são dados.
Mas não cumprem.
Recusam-se.
Com alguma sorte e após queixa à CADA lá se consegue alguma, pouca, informação que se procura.
É o sistema do social porreirismo a funcionar e onde tudo se esconde com medo que a podridão salte fora e inunde as redes sociais, pois da comunicação social já todos sabemos como se protegem e são protegidos.
Dizer-se que o Governo vai disponibilizar um portal da transparência com mais dados em formato aberto sobre gestão dos serviços públicos é mais uma aldrabice do Costa.
O Pinóquio acha que a música soa bem aos ouvidos dos cidadãos. E acha bem!
Mas a letra não corresponde, nem de longe nem de perto, à real necessidade de informar com exactidão, rigor e prontidão TUDO, MAS MESMO TUDO, o que conspurca os serviços públicos e nomeadamente as administrações.
Basta lembrar que ao existir tal transparência quem era julgado, em praça pública, eram os partidários, os amigos do partido, logo do homem do balde, colocados nos lugares tenente para guardarem a pocilga.
E conhecidas as roubalheiras, desvaneios, assaltos e desvios à lei quem seria chamado à pedra era o homem do balde.
E isso não se pode consentir na tal democracia representativa.
“Mais Transparência” que se aprofunde a disponibilização em formato aberto dos dados constantes referentes a instrumentos de gestão dos serviços públicos?? Hipocrisia. Que esteja em formato aberto “os planos estratégicos e operacionais, os indicadores do balanço social, relatórios de sustentabilidade e outros instrumentos relevantes para a cabal prestação de contas aos cidadãos face às missões de cada entidade e aos serviços a cidadãos e empresas pelos quais são responsáveis”. Só larachas.
Agora trazem para o debate mais um palavrão para impressionar: omnicanal!
Sabe a corja o que isso significa? Não, não sabe!
Ser omnicanal significa proporcionar uma experiência de qualidade a cada contacto, independente do meio escolhido pelo cidadão, garantindo que todos os canais mantenham simplicidade e transparência durante seu uso, unificando critérios de resolução e sempre entendendo e adaptando-se às procuras dos cidadãos. É uma forma de contacto usada por algumas empresas no contacto com os seus clientes. Ou seja o empresarial a entrar no público.
Percebido, só conversa da treta.
O mais ridículo da proposta na óptica de promoção da boa gestão pública, a seita defende que o executivo deverá aprovar “um guia de boas práticas administrativas”.
Aprovar " um guia de boas práticas administrativas"???
Mais um guia?
Mas esse guia já existe e está previsto no decreto que aprovou o novo Código do Procedimento Administrativo.
Então para quê mais um guia?
Só para enganar totós.
Aplique-se com seriedade e rigor o guia que existe e deixem-se de aldrabar o cidadão.
Uns covardes e hipócritas.
Não tendes nem competência nem vontade de aplicar a transparência.
