E o senhor todo poderoso da IGF foi à Comissão de Inquérito(??) da Assembleia da República.
Mais uma farsa a juntar a tantas outras.
Questiono-me da utilidade de tais comissões. Mais comichões do que comissões.
Do que o senhor disse e foi muito pouco, sempre na defesa do homem do balde e dos seus ajudantes de campo, retiram-se frases soltas e nada convincentes, aliás dignas de figurarem numa qualquer revista dessas que por aí se vendem a bom vender, tipo cor de rosa. Casamentos e desquites de canalha parasitária, desfalques e roubos da aristocracia e infidelidades da sociedade abutre.
Podia, sem qualquer melindre dos visados e anunciantes, ficar estampada nas páginas da narrativa de cordel.
Começou o senhor Santos por dar uma de fuga para o pasto, ao anunciar, perentoriamente e sem qualquer pejo, que o ministro das Finanças não teve conhecimento da indemnização a Alexandra Reis.
Arrumada, logo a primeira questão! E disse mais, o senhor Santos, que, além de Pedro Nuno Santos e do secretario de estado Hugo Mendes, mais nenhum membro do governo teve conhecimento da indemnização a Alexandra Reis. Pontapé de baliza e toque-se o hino! Brilhante argumento senhor Santos. Tudo, mas tudo, como o combinado e bem combinado. Mas, e há sempre uma mas, lá deixou cair o verniz, quando diz que a «sua» IGF concluiu também que o administrador financeiro da TAP não teve conhecimento do acordo de saída de Alexandra Reis. Uma vez que toda a negociação terá ocorrido à margem do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, a que pertencia o senhor administrador financeiro, não existindo evidência de que o CFO tenha tido conhecimento do mesmo. Um Director Geral das Finanças a dizer tal coisa revela das duas uma terceira. Ou desconhece as funções de um administrador financeiro o que nada espanta para quem não sabe falar inglês nem francês mas que toca muito piano. Ou quer dar um cobertor a alguém. Senhor Santos a Primavera já começou.
Depois mais uma atordoada forte. Nem a Santa Bárbara os pode ajudar. Vem o senhor Santos dizer que a tal CEO da TAP, a francesa Christine, teria retirado competências à engenheira Alexandra dos Reis. Isso interessa para quê senhor Santos? À imprensa cor de rosa interessa e de que maneira. Um chorrilho de justificações que só podem calar deputados de meia-tigela. «Não ouviu por dificuldades da língua»??? Mas a senhora Christine quando quer até fala português... Depois o Santos quer enganar quem? Os deputados anafados, bem na vida e com vida airada? Senhor Santos mesmo que a dita Christine não falasse português, ou não se fizesse entender, hodiernamente há técnicas de tradução em simultâneo que podiam e deviam ser utilizadas. Mais uma farsa hipócrita a juntar a tantas outras. E, por último mas não a menos importante existir um Director Geral, logo das Finanças, que não sabe falar e não entende fluentemente o inglês ou o francês revela a qualidade do ensino que se vai fazendo, ou mentindo que se faz, neste Portugal. Quem foram os seus ditos professores? O Ministério da Educação é de facto uma choldra que finge fazer e não faz nada.
Justificar, só para perder tempo, a não audição presencial da CEO da TAP por razões idênticas às da audição parlamentar da senhora Christine que não respondeu a questões dos deputados representantes é de uma cretinice total. E nem sequer é justificação para nada muito menos para a não audição presencial da dama. Os representantes são a imagem da incompetência que reina no país, não são exemplo para nada senhor Santos. Ainda no caco da não audição da senhora Christine e da queixinha da mesma pelo facto de não ter sido ouvida pela IGF a sua justificação, senhor Santos, é mais uma anedota. Dizer-se que a senhora Christine podia ter pedido “querendo”, “por sua iniciativa, esclarecimentos adicionais, por qualquer forma escrita ou verbal”, o que não aconteceu é uma aberração e imbecilidade. Mas afinal quem é que estava a conduzir a investigação? A quem competia aprofundar tudo quanto se passou e não se passou? Provavelmente porque não interessaria a muita canalha. Ouvir-se uma Christine na fase do contraditório, quando o projeto de relatório já estava concluído, revela o que o dito inquérito da IGF queria salvar. O lobo com pele de cordeiro.
Mas o senhor Santos representa bem, à que dize-lo, e na altura certa o ponto da peça de teatro em representação dá uma ajuda na «deixa»!
É dito pelo senhor Santos, a uma «deixa» de um representante do Ps, que após ter sido noticiada a indemnização de meio milhão de euros, Alexandra Reis nunca referiu o ‘e-mail’ enviado ao então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a colocar o lugar em disposição, em Dezembro de 2021, antes do acordo para sair da TAP.
Esclarecedor senhor Santos. Então o senhor director acha que depois da oferta de meio milhão de euros do ministro Santos a senhora Alexandra se ia lembrar alguma dia da carta de pedido de demissão. Senhor Santos quer fazer dos portugueses ingénuos? Da minha parte não lhe admito.
Se o ministro Santos e o administrador financeiro não tinham que comunicar à IGF a choruda indeminização recebida pela Alexandrinha é mais uma vigarice do sistema. Que pagou a indeminização? Os contribuintes, logo erro grosseiro da lei.
O senhor Santos garantiu várias vezes que a Inspeção-Geral de Finanças é independente, apesar de estar sob a tutela do ministro das Finanças.
E quem o nomeou? E quem lhe deu o tacho?
Não é por se repetir várias vezes uma mentira que ela passa a ser verdade.