«Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.
A presença de peregrinos judeus vindos da diáspora para a festa da páscoa judaica fazia com que a população de Jerusalém mais do que dobrasse em relação ao número de residentes, e todos consumiam alimentos e bebidas, além de que milhares de animais eram oferecidos em holocausto. E também havia o câmbio de moedas trazidas do exterior com o fito de pagar por aquelas coisas.
Em virtude disso, estabelecia-se um comércio desmesurado em relação ao que normalmente se desenvolvia nas épocas normais da cidade, inclusive, e principalmente em torno do Templo, para onde todos afluíam.
Além disso, os comerciantes e cambistas pagavam taxas aos encarregados do Templo, e talvez houvesse outros tipos de vantagens dadas a eles, do mesmo modo que hoje ocorrem corrupções no setor público.
O resultado era uma incrível algazarra no local sagrado, além da invasão de partes reservadas ao culto, pela ganância dos que somente queriam ganhar dinheiro e, neste afã, não se limitavam aos espaços reservados para suas atividades.
No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”.
Só para lembrar!