terça-feira, dezembro 16, 2014

A Plutocracia


A Plutocracia é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico. Do ponto de vista social, esta concentração de poder nas mãos de uma classe é acompanhada de uma grande desigualdade e de uma pequena mobilidade.
Ora, face ao que Portugal tem vivido nestes últimos anos, tudo aponta para que se decrete a Plutocracia.
Decretar, disse eu!
Pois estejam atentos ao que foi publicado em 2013 e que passou, propositadamente, despercebido à maioria dos cidadãos.
A 27 de Agosto de 2013 foi publicada a lei 64/2013.
Até aqui tudo pode parecer inocente.
Quantas leis não são «produzidas» e nem se dá por isso.
Pois é, esta é o princípio do fim de um estado que se quer cada vez mais TRANSPARENTE e que os cidadãos possam FISCALIZAR os actos públicos dos políticos.
Ora, esta lei 64/2013 é TUDO MENOS PROPORCIONADORA de um qualquer cidadão SABER E CONHECER o que se passa na vida política e, principalmente, dos e com os políticos.
O segredo dos privilégios dos políticos já é lei.
É a Lei n.º 64/2013, de 27 de Agosto, que determina o sigilo dos privilégios dos políticos.
Foi  publicada em Diário da República.
Portanto, por proteção da lei aprovada pela Assembleia da República, com os votos favoráveis do PSD, CDS/PP e do PS, passaram a ser secretos os privilégios dos políticos. Vejam-se, neste caso e segundo esta lei, por exemplo, as chamadas pensões de luxo atribuídas aos ex-políticos (ex-deputados, ex-Presidentes da República, ex-ministros e ex-primeiros-ministros, ex-governadores de Macau, ex-ministros da República das Regiões Autónomas e ex-membros do Conselho de Estado) e os ex-juízes do tribunal constitucional, passaram a ser escondidas do povo português.
A partir de agora e na vigência desta lei, os portugueses e contribuintes ficam a desconhecer quem são e quanto recebem financeiramente do erário público e do orçamento geral de estado os ex-políticos e governantes.
O que é o mesmo que dizer que os políticos e governantes passam a poder decidir secretamente entre eles a atribuição a si mesmos dos benefícios, regalias, subsídios ou outras mordomias, sem que os portugueses, o povo português portanto, ou até mesmo os tribunais, tenham direito a saber o que os políticos fazem com o dinheiro que é de todos nós.
De facto e de lei, passou a haver uma qualidade superior de sujeitos, ao caso os políticos, governantes e juízes do tribunal Constitucional, que estão isentos do escrutínio público, não se encontram mais obrigados a revelar as fontes, as origens e a natureza dos seus rendimentos de proveniência pública, ou seja, que fazem com o dinheiro público o que muito bem entendem e não estão obrigados a prestar contas públicas do que fazem.

É FARTAR VILANAGEM!