domingo, setembro 08, 2013

Mais um DESCARADO ROUBO


Os funcionários públicos são ameaçados de despedimento, quer por via «amigável» - versão light de rescisão imposta - na qual recebem uma RIDICULARIA!!!
Ou, na versão mais pró constitucional, através da mobilidade - fórmula inventada pelo Sócrates - esta sem direito a qualquer indemnização....apenas e tão só a redução de salário, colocação longe da sua habitação e... por fim ...RUAAAAA!!!
Só que isto acontece aos pobres dos cidadãos que um dia quiseram trabalhar para a função pública!!!
PERCEBEM O TERMO «FUNÇÃO PÚBLICA»???
Não é ir ali fazer um frete e receber milhões, ou ter um «amigalhaço» que lhe dá o lugar de administrador numa empresa.....
Ora foi o que precisamente aconteceu a um tal Vasconcelos!!!
Não é, mas podia muito bem ser, o Miguel de Vasconcelos, o traidor....
Este tem outras artes.....de bem cavalgar o poder!!!
E chama-se.....Jorge Vasconcelos!!!
Jorge Viegas Vasconcelos foi presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.
Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.
Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.
Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim.
CASO EXCEPCIONAL.....MAIS UM!!!!
Na verdade, o Vasconcelos vai para casa com 12 mil euros por mês durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.
Alguém conhece este procedimento???
Eu, reconheço a minha ignorância, não conhecia tal DESPACHO ADMINISTRATIVO...mas enfim, estamos sempre a aprender!!! 
REPITO, ALTO E BOM SOM, o dito Vasconcelos despediu-se.
Demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!.
E, qual a razão do Vasconcelos fica a receber os tais 12 000 por mês, durante dois anos?
Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE».
MAGNÍFICA RESPOSTA!!!
É que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».
Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica. 
Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. 
Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.
Ora aqui é que está a grande bronca....mais uma!!!
Quem foram os «excelsos», «zelosos» e «malabaristas» governantes que aceitaram tal situação?
VERGONHOSO!!!
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis, quando os há, com reformas miseráveis e todo o género de roubos que se cometem contra gente indefesa.
Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desenvergonhado abocanhar do erário público.
Mas, voltemos à nossa história...
O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo.
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE?
A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético.
E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».
Parece que não.
A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas.
Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço.
Ou seja, a ERSE não serve para nada.
Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores.
Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE?
ENTÃO E A ISTO NÃO SE CHAMA GORDURA???
Chama-se tacho para cozinhar lugares para os amigalhaços que  «em vénias malabares à luz do dia/
Lambuzam da saliva os maiorais/ E quando os mais são feitos em fatias/ Não matam os tiranos pedem mais» 
ISTO ULTRAPASSA TUDO.....
ACORDA!!!!
Por fim, como recompensa dos «nobres» e muito leais serviços à «causa», os mandantes decidiram que será este Vasconcelos a ir  "FISCALIZAR" a VENDA dos Seguros da CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS.
Isso mesmo.....
Ora pois, quem melhor que o Vasconcelos?
A BEM DA NAÇÃO!!!!