Os funcionários públicos são ameaçados de despedimento, quer por via «amigável» - versão light de rescisão imposta - na qual recebem uma RIDICULARIA!!!
Ou, na versão mais pró constitucional, através da mobilidade - fórmula inventada pelo Sócrates - esta sem direito a qualquer indemnização....apenas e tão só a redução de salário, colocação longe da sua habitação e... por fim ...RUAAAAA!!!
Só que isto acontece aos pobres dos cidadãos que um dia quiseram trabalhar para a função pública!!!
PERCEBEM O TERMO «FUNÇÃO PÚBLICA»???
Não é ir ali fazer um frete e receber milhões, ou ter um «amigalhaço» que lhe dá o lugar de administrador numa empresa.....
Ora foi o que precisamente aconteceu a um tal Vasconcelos!!!
Não é, mas podia muito bem ser, o Miguel de Vasconcelos, o traidor....
Este tem outras artes.....de bem cavalgar o poder!!!
E chama-se.....Jorge Vasconcelos!!!
Jorge Viegas Vasconcelos foi presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos
Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que
conhecem, poucos devem saber para o que serve.
Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a
demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.
Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua
conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer
reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.
Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim.
CASO EXCEPCIONAL.....MAIS UM!!!!
Na verdade, o Vasconcelos vai para casa com 12 mil euros por mês
durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.
REPITO, ALTO E BOM SOM, o dito Vasconcelos despediu-se.
Demitiu-se, isto é,
despediu-se por vontade própria!.
E, qual a razão do Vasconcelos fica a
receber os tais 12 000 por mês, durante dois anos?
Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a
receber seja o que for?
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele
responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho
de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE».
É que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os
membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor
público em tudo o que não resultar desses estatutos».
Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais
vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era
presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de
administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um
esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem
com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos.
Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos
governantes.
Ora aqui é que está a grande bronca....mais uma!!!
Quem foram os «excelsos», «zelosos» e «malabaristas» governantes que aceitaram tal situação?
VERGONHOSO!!!
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade
sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com
ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis, quando os há, com reformas miseráveis e todo o género de roubos que se cometem contra gente indefesa.
Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo
desenvergonhado abocanhar do erário público.
Mas, voltemos à nossa história...
O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais
subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo.
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que
serve - a ERSE?
A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições
legislativas para o sector energético.
E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a
lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».
Parece que não.
A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE
intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes
envolvidas.
Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de
serviço.
Ou seja, a ERSE não serve para nada.
Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus
administradores.
Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem
é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE?
Lambuzam da saliva os maiorais/ E quando os mais são feitos em fatias/ Não matam os tiranos pedem mais»
ISTO ULTRAPASSA TUDO.....
ACORDA!!!!
Por fim, como recompensa dos «nobres» e muito leais serviços à «causa», os mandantes decidiram que será este Vasconcelos a ir "FISCALIZAR" a VENDA
dos Seguros da CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS.
Isso mesmo.....
Ora pois, quem melhor que o Vasconcelos?
A BEM DA NAÇÃO!!!!