Um dente d'oiro a rir dos panfletos
Um marido afinal ignorante
Dois corvos mesmo muito pretos
Um polícia que diz que garante
A costureira muito desgraçada
Uma máquina infernal de fazer fumo
Um professor que não sabe quase nada
Um colossalmente bom aluno
Um octagenário divertido
Um menino coleccionando tampas
Um congressita que diz Eu não prossigo
Uma velha que morre a páginas tantas.
Alexandre O'Neil, Inventário, 1958