terça-feira, fevereiro 23, 2010

O aldrabão de feira

A entrevista de Sócrates a Miguel Sousa Tavares confirmou o que todos, os que não são cegos, já sabem: que o actual 1.º primeiro ministro é um aldrabão.
Mentiu desde o princípio ao fim da entrevista.
Quem conseguir dizer que houve duas partes distintas, parece o discurso do treinador de bancada, engana-se ou quer enganar.
A entrevista foi uma e uma só. Teve um único sentido deturpar, conspurcar e torpedear tudo em que Sócrates estará eventualmente ligado.
Desde o caso do amigo «íntimo», ao caso do desconhecimento que o PS e/ou ele próprio desconhecerem os contactos com o Figo, ao caso das «conversas» só faltando mesmo o da licenciatura, tudo, mas tudo, Sócrates iludiu-se e quis iludir.
Por exemplo confundiu-se(?) nas datas.
Sócrates explicou que a ideia de pedir uma declaração de apoio de Luís Figo ao PS só terá surgido após a entrevista concedida pelo jogador ao Diário Económico, a 7 de Agosto, em que o futebolista enaltecia a "energia" e "capacidade empreendedora" do primeiro-ministro. Mas, de acordo com as escutas divulgadas pelo Sol, as conversas entre Marcos Perestrelo e Paulo Penedos sobre o apoio de Figo datam de 10 de Junho - dois meses antes da entrevista.
Confundiu-se nas datas, claro!!!
As palavras "infâmia" e "ignomínia" (afronta que deslustra o bom nome) foram as mais utilizadas por Sócrates para classificar a suspeição de que terá havido um pagamento à Fundação Luís Figo ("um dos heróis da minha geração") pelo seu apoio ao PS, que terá sido "livre e generoso", na última campanha eleitoral.
Ou seja, mais uma confusão de datas!!!
Segundo se sabe, será que também é uma infâmia, Sócrates terá nascido em Vilar de Maçada, Alijó, a 6 de Setembro de 1957.
Ou seja, Sócrates tem 52 anos. Figo nasceu em 1972. Logo, quando Figo tinha 20 anos, Sócrates já tinha 35 anos!!!
Esta de Figo ser «um dos heróis da minha geração» é mais uma confusão de datas!!
Mas para a frente!!
Depois veio aquela versão, de que o PS terá tentado obter uma autorização para publicar uma passagem da entrevista a um jornal como material de propaganda.
Só que o «herói» de Sócrates "recusou e sugeriu encontrar-se comigo num pequeno-almoço".
Bonito!!!
Então não é??
Não autorizo a passagem da entrevista mas, «vamos ali à tasca da Serafina comer umas iscas com elas, ou uma bifana ou será antes uns coiratos?»
Romântico!!!
Quem pagou o mata-bicho??
Vá, digam lá!!
Depois repetiu-se até à exaustão. Dizendo sempre o mesmo.
"Não me peça para comentar escutas ilegais, criminosas", retorquia ao entrevistador. "Não vim aqui para fazer julgamentos" e "estimo os meus amigos".
Tudo banalidades e repetições.
Novidade só mesmo aquela de o Procurador-Geral da República "vai entregar ao Governo sugestões para o defender melhor", defender melhor o segredo de ... justiça, entenda-se; bem como, uma outra em que Sócrates sustentou que "o Estado tem o dever de impedir" que as escutas sem relevância para um processo possam vir a ser divulgadas.
Faltou saber quem determina a relevância!!
Ele Sócrates??
Pois claro!!
Na «parte» da entrevista sobre a economia, finanças e desenvolvimento os portugueses perceberam bem o que Sócrates quer impor. Restrições e mais restrições aos legítimos anseios da população, em termos de saúde, educação, justiça e salários.
Para Sócrates o Plano de Estabilidade e Crescimento, sobre o qual não se pronunciou, aponta num único sentido: aperto do cinto para grande parte da população. Para os outros, lucros aos milhões. Esta é a prática do Sócrates. Tudo o resto, escutas, enganos e infâmias são coisas pequenas comparadas com a vida dos portugueses. Ajudam-nos a lembrar que nem tudo se consegue com esforço e transparência.
Depois, bem depois, tudo se esquece!!