Ano após ano, o investimento público vem sendo cada vez menor no nosso distrito.
Os números do PIDDAC assim o mostram. O Estado conta gastar apenas 6,9 milhões em dez concelhos.
Sim porque de fora ficaram Aguiar da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e Trancoso, que nem constam dos quadros de 2010 por não terem qualquer verba inscrita. Mas, mesmo os restantes concelhos têm verbas irrisórias.
Diríamos mesmo que, aquando da distribuição das verbas do PIDDAC, o governo do engenheiro aplicou a lei de Murphy: quanto mais pobre e atrasado o concelho, menos verba recebe.
Por exemplo, Celorico da Beira e Manteigas terão direito a mil euros e Pinhel a dois mil euros.
Ridículo de mais para ser verdade.
Mas, e já no que diz respeito às verbas a serem «distribuídas» pelo Orçamento de Estado, o Equilíbrio Financeiro, do Fundo Social Municipal e a parte dos impostos já foi «bem mais» generoso, principalmente, para a Câmara da Guarda. O amigo de Alex!!!
Pois, então não houvera de ser!!!
Para o autarca de Manteigas, do PS, Esmeraldo Carvalhinho os autarcas não podem estar à espera de fazer obra pelo PIDDAC, cada município tem que ter dinâmica própria para ir buscar financiamento para os projectos.
Pois claro!!! Então onde ficavam as parcerias público-privadas?? Onde se entroncavam os interesses de empreiteiros, autarcas e dos amigos «particulares»???
O regabofe da especulação e da usura acabava??? Nem pensar!!!
Joaquim Valente, presidente da Câmara da Guarda, PS, diz o mesmo que o correligionário de Manteigas.
Diz Valente que este Programa assenta «num acordo de regime para resolver as finanças do país», daí os montantes serem mais reduzidos. De resto, também o autarca da Guarda considera que as obras e os investimentos «não se esgotam no PIDDAC.
As finanças do País??? O quê? Estará a falar dos dinheiros doados ao BPP, ao BCP ou ao BPN?
Estará a falar do despesismo central e local?? Das dívidas da Câmara da Guarda?? É que as dívidas da Câmara também entram para a dívida pública. Sabiam???
Voltemos ao PIDDAC.
Os 6,9 milhões são SÓ o valor mais baixo de sempre.
Podem dizer-nos que é consequência da «maldita crise».
Mas, se assim fosse seria para TODOS o corte no investimento.
Só que algumas, por coincidência as mesmas regiões do interior do país, vão pagando a factura da crise.
Para outras é a fartura.
A razão ou razões podem-se encontrar nesta democracia representativa em que os votos, logo as maiores concentrações populacionais, localizadas no litoral determinam a asfixia financeira das cada vez mais pobres regiões do interior.
Mas a mesma representatividade parlamentar NADA faz pelo distrito que os elegeu.
Onde andam os «deputados eleitos» pelo distrito?
Um, o do PS (partido do Sócrates) entretêm-se a apagar o fogo dos rabos de palha do primeiro.
Depois, não tem tempo para o distrito a que não pertence, claro está, mas ao qual se vinculou e pendurou para se alcandorar ao lugar de deputado.
Sim, porque lá pelas paragens, de onde é natural, já o conheciam de ginjeira e os bastardos não o quiseram.
O outro deputado do PS, anda preocupado com a «sua» nomeação para director da ARS da Guarda.
Para, quem sabe, «tratar» da saúde dos mais de 500 militantes que «fez» na terrinha, todos eles pertencentes a uma mesma associação, de doadores de sangue, que não existe, nem nunca existiu.
Os deputados do PSD/PPD também NADA fazem.
Um dedica-se ao caso dos casamentos dos pais com filhos, dos irmãos, das primas e doutros afins.
O outro.... bem o outro vem à Assembleia Municipal mostrar-se, diz duas de laracha e põe-se a andar que a vidinha dele é picar o ponto em Lisboa.
Com tais representantes, «eleitos», o distrito da Guarda definha, lentamente até à morte total.
E, não nos venham dizer que o interior já tem tudo.
Não tem NADA e, cada vez tem menos.
Menos e melhores acessibilidades municipais e inter-municipais; menos hospitais de qualidade; menos escolas equipadas com as mínimas condições, desde balneários até a fossas sépticas localizadas dentro das instalações escolares; menos e cada vez menos transportes municipais e inter-concelhos; menos e cada vez menos qualidade de vida.
Como alguém já escreveu, e bem, «pode parecer um cliché, mas de facto estamos sempre a ser ostracizados.»
E estamos mesmo!!
Por exemplo, o distrito de Lisboa vais ter SÓ 20 por cento do PIDDAC!!
Pois a «maldita crise» é mesmo, só para alguns, claro!!
No entanto, o distrito da Guarda é dos que recebe menos dinheiro. Estaremos assim tão ou mais desenvolvidos que Lisboa???
Estranha-se!!!
Aqui bem que se pode invocar a Lei dos Supermercados, ou seja, «a qualidade dos produtos com marca da casa varia inversamente com o tamanho da cadeia de supermercados.»