O jornalista da SIC Notícias, Mário Crespo, denunciou num artigo publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, ter sido o centro de uma conversa entre José Sócrates, Jorge Lacão e Pedro Silva Pereira, na qual terá sido descrito como "mentalmente débil".
Até aqui Tudo parece NORMAL.
Só que, no texto, intitulado 'O Fim da Linha', Mário Crespo afirma que a conversa ocorreu no dia 26 de Janeiro, dia da entrega do Orçamento no Parlamento, num hotel de Lisboa. À mesa estavam o primeiro-ministro, o ministro dos Assuntos Parlamentares, que tem a tutela da Comunicação Social, o ministro da Presidência e um executivo de televisão, que o jornalista não identifica. 'Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil ('um louco') a necessitar de ('ir para o manicómio'). Fui descrito como 'um profissional impreparado', pode ler-se no texto.
Mas, Mário Crespo vai mais longe nas revelações e revela que o definiram como 'um problema' que teria de ter 'solução'. O jornalista adianta que confirmou o teor da conversa em que foi mencionado, transcrevendo a opinião de uma das suas fontes sobre a conversa. 'O PM (primeiro-ministro) tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre', afirma a fonte, cuja identidade Mário Crespo não revela.
Mário Crespo não poupa críticas à relação entre o poder e os meios de comunicação social. 'Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados', escreve o jornalista, acrescentando que 'nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência'.
O jornalista ataca, dizendo que 'Portugal, José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se uma sociedade insalubre'.
Mário Crespo faz ainda uma análise de 2010, entendendo que 'o primeiro-ministro já não tem tantos 'problemas' nos media como tinha em 2009'.
O final do ‘Jornal de Sexta' da TVI e o afastamento de Manuela Moura Guedes, a saída de José Eduardo Moniz da TVI, a demissão do director do Público, José Manuel Fernandes, são algumas dos alegados problemas resolvidos no ano passado que o jornalista descreve. 'Agora, que o 'problema' Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro-ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais 'um problema que tem que ser solucionado', termina Mário Crespo a sua crónica, não fugindo ao comentário 'Que perigosa palhaçada'.
Ou seja, Sócrates não sabe viver e governar em democracia.
Só sabe mesmo de ditadura, chantagem e jornalismo de sarjeta.
Jornalismo sério é coisa que o PM não conhece.
Não admiraria que, muito em breve, a «campanha» contra Crespo fosse mais uma nódoa negra que irá afastar mais um jornalista que incomoda os poderes absolutos.
Espera-se!!!
Já agora que diz a tudo isto a Alta Autoridade para a Comunicação Social?
Cala!!
Dorme o sono dos cúmplices.
Quem cala, CONSENTE, PACTUA É UM LACAIO!!!