sexta-feira, dezembro 26, 2008

A diferença



Foi apenas um artigo, que passaria em claro, caso Cavaco Silva fizesse o mesmo que fez com os restantes, que também levantam muitas dúvidas e cuja fiscalização preventiva não foi solicitada.
Apesar de ao longo do processo de elaboração do Código do Trabalho, CGTP, BE, PCP e alguns deputados socialistas (como Manuel Alegre) fizeram fortes críticas ao documento, que viria a ser aprovado pela maioria socialista, com o apoio da UGT e organizações patronais.
Segundo o Tribunal, a norma considerada inconstitucional viola o direito à segurança no emprego e o princípio da proporcionalidade.

O Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV, aqueles que poderiam fazê-lo, somam 22 deputados e seriam necessários 23.
Um dado a reter quando se ouvir falar em voto útil: o voto deve ser útil para quem o exerce, não para quem o recebe.
Um deputado adicional faria aqui toda a diferença.
A declaração de inconstitucionalidade obriga agora à devolução do diploma à Assembleia da República, o que deverá inviabilizar a entrada em vigor do Código do Trabalho a 1 de Janeiro, como estava previsto.
O ano vai começar um pedacito melhor.