sábado, dezembro 16, 2006

A Frase da Semana


Em Janeiro, os Guardenses vão ter mais uma prenda no sapatinho.
O executivo camarário «decidiu» aumentar o preço da água em 30%.
Ou seja, num ano de «governação» já é o segundo aumento.
A este ritmo, no final do mandato, devemos ter, pelo menos, oito (8) aumentos!!!
O executivo PS deve estar a preparar-se para entrar no Guinness World Records.
Mas, não entrará no célebre livro, apenas, pela vertiginosa subida do preço da água.
O presidente habilita-se a «destronar» o emblemático Santana Lopes.
Depois das justificações sobre centros comerciais, eis que surge mais uma frase digna de almanaque de Borda d'água.
Então, não é que o senhor justifica a subida do preço da água desta forma: «só sentindo o aumento do preço é que os cidadãos se apercebem que têm de economizar a água. Só quando «sentimos» um custo acrescido é que conseguimos ter uma atitude de racionalização no consumo».
Argumento digno do princípio de Pareto (também conhecido como princípio 80-20), segundo o qual, para muitos fenómenos, 80% das consequências advém de 20% das causas.
Temos, de facto, uma «nova» teorização económica para o consumo da água.
Prémio Nobel para o senhor presidente.
Saberá o edil que a água é um bem de 1.ª necessidade? Saberá ainda que o consumo de água é um indicador do bem-estar das populações? Saberá que a água é um bem NATURAL, não é resultado de nenhuma produção? Saberá que com o agravamento em tantos e tantos bens, já anunciados para 2007, muitas famílias não terão capacidade financeira para suportar tais aumentos? Saberá que a rede pública de abastecimento de água tem um desperdício de 30% ? Saberá que os contadores estão obsoletos e, também eles aumentam o desperdício?
Tudo isto a Câmara escamoteia.
Será que o senhor também justifica a subida do aluguer dos contadores em 10%, e o aumento em 50% no valor do tratamento dos resíduos sólidos como forma de racionalizar?
Racionalizar o quê?
Será que os Guardenses vão ter mesmo é de abdicar da sua higiene, da sua alimentação, a BEM dos interesses da empresa das águas do Zêzere e do Côa?
Não foi a empresa que veio dizer que «exigia» em 2007 mais 80 a 90 mil euros pelos serviços prestados?
Ou seja a racionalidade de que se fala tem sempre a mesma razão, interesses económicos das empresas «contratadas» pela Câmara.
Tomar banho? Só uma vez por semana, pois só se lavam os porcos, é o lema do executivo.