quarta-feira, dezembro 20, 2006
A Autocracia
O governo de Sócrates atingiu o zénite da autocracia. Sucedem-se os atropelos à independência dos poderes democráticos.
O primeiro ministro escreve ao Tribunal Constitucional, enviando pareceres sobre a Lei das Finanças Locais.
A autocracia no seu melhor.
Será que os Juízes do Tribunal Constitucional não sabem de leis?
Será que a «pressão» exercida pelo 1.º ministro não é uma forma de autocracia?
A que se deve o nervosismo e a ansiedade descontrolada do 1.º?
Alberto João exercia, há uns tempos, o mesmo tipo de pressão. Não o fez por carta mas sim num comício.
Diferenças? Nenhumas.
Alberto João e Sócrates são o mesmo, autocracia nos actos e na visão estratégica dos benefícios.
Se, não bastasse este episódio, eis que um ministro proíbe o presidente da ERSE, a Entidade Reguladora do Sector Energético a estar presente numa audição da comissão de economia do parlamento, para ser ouvido acerca do aumento das tarifas da electricidade, atendendo a que está agendada a discussão de um projecto de lei do Bloco de Esquerda, que impede este aumento, limitando-o ao valor da inflação. Apesar de se ter demitido da sua função no final da semana passada, Vasconcelos disponibilizou-se para ir ao parlamento explicar o seu ponto de vista, como presidente demissionário, e a comissão de economia manteve a audição.
Este expediente é uma subtileza legal nunca utilizada e que teve como único efeito impedir a discussão no parlamento.
O Bloco de Esquerda reagiu, denunciando esta intervenção do governo que impede a autonomia de decisão do parlamento e que procura proibir a discussão de uma matéria de enorme importância para todos os consumidores, visto que podem vir a pagar mais 6% por ano durante os próximos 10 anos.
A Comissão de Economia, por proposta do Bloco de Esquerda, deliberou pedir explicações ao ministro, mas o PS impôs um adiamento para Janeiro da votação de um outro requerimento do Bloco para ouvir Jorge Vasconcelos, agora a título individual.
Depois das rabanadas e das filhós!!!
Mas, os escândalos sucedem-se à velocidade da luz.
Vítor Constâncio, depois de andar a pedir aumentos de impostos e reduções do rendimento dos portugueses, sempre a dizer aquilo que o governo queria ouvir, pemitiu que uma empresa instrumental do Banco de Portugal fizesse um negócio, e que à custa da delapidação do património público permitisse o enriquecimento fácil de terceiros.
Coincidência das coincidências, há suspeitas de comissões para um administrador do Banco de Portugal.
Operação Furacão, Operação Apito, ..............é só operações!!!!
Será que o doente aguenta tanta anestesia?
Será que há mais alguma Maria José Morgado que tome conta disto?
Decididamente, tudo isto já cheira mal, muito mal.
Estão a cair de podres!!!