E ainda por cima Portugal figura entre os países europeus com mais médicos por mil habitantes.
Como entender que muitas urgências do Serviço Nacional de Saúde continuam fechadas por falta de profissionais e as listas de espera para cirurgias e consultas não param de crescer?Muitos médicos portugueses, como obstetras, ortopedistas ou pediatras, optaram pelo setor privado, tornaram-se médicos “tarefeiros”, aposentaram-se ou ultrapassaram a idade legal para integrar todas as escalas de urgência. Diariamente, cerca de quatro médicos deixam o SNS, seja por reforma, seja por rescisão com hospitais ou centros de saúde.
Faltam médicos especialistas.
Pudera aumentou o número de médicos sem especialidade. Desde 2019, este grupo mais que duplicou, passando de 12 969 para mais de 23 mil em 2024.
O Serviço Nacional de Saúde socorre-se dos médicos tarefeiros que acumulam serviço público com o privado. Em 2023, os pagamentos do Estado a estes profissionais ascenderam a 283 milhões de euros, e até agosto de 2024 já ultrapassavam 165 milhões.
Um pequeno resumo dos múltiplos problemas do Serviço Nacional de Saúde.
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