sexta-feira, dezembro 19, 2025

A quem serve tal notícia?

Um pasquim, propriedade de uma empresa exploradora dos paupérrimos rendimentos de milhões de portugueses, traz na capa uma notícia reveladora da pouca ou nenhuma aprendizagem que se faz nas escolas.
Começo por dizer que desconheço se a notícia é resultado de algum inquérito, de um estudo, de uma tese elaborada numa qualquer sanita, para limpar o rabo, igual a tantas outras que por aí vão a existir, onde até se faz referência à posse de olivais e outros terrenos agrícolas, forma de propaganda para vender? Desconheço em absoluto a caraterização do estudo. Talvez até nem importe, como é óbvio. Sensacionalismo falso que serve certos e reais propósitos. Já o sabemos!
Dizer-se que um terço dos portugueses gostaria que Portugal continuasse com as colónias é não se saber nada, mas rigorosamente nada, do que é a autodeterminação dos povos, a sua liberdade em escolher o seu destino.
Muito provavelmente gostariam de viver nos tempos da libertinagem do «achamento» de terras de povos originários, explorados e escravizados. Orgulhosos do passado colonialista?
Sois mesmo uns imbecis. Os crimes cometidos desde o "achado" até à independência são um nojo. Deviam ser devidamente ensinados e. principalmente, explicados, para que se soubesse e compreendesse, se para tal houvesse engenho e arte, quem efetivamente lucrou com tal ditosa e nojenta «epopeia». Só 40% acham que o regime colonial foi racista revela bem a falta de conhecimento. Mais uma vez a forma péssima de fazer compreender e analisar os horrores do racismo e da escravidão. Nada se ensina nas escolas e pior nada se aprende. E por fim quase metade critica como é ensinada (??) a descolonização nas escolas. Será que queriam que se vangloriasse a guerra colonial? Os horrores da mesma? Os ditadores que a promoveram? Quem lucrou com essa guerra? De que forma podia ter sido feita a descolonização? Quem a podia fazer no tempo certo não a fez, logo o seu prolongamento só trouxe mais e mais revoltas contra os ocupantes. A História dos povos é dinâmica e não se compadece com submissões horrendas e criminosas. Tudo o que se segue após independência já é outro assunto com causas e consequências múltiplas que para quem desconhece o rumo da História dos povos é ainda mais difícil de compreender.
Estudem e principalmente que se faça uma formação inicial de professores com qualidade. Muita qualidade.