terça-feira, fevereiro 04, 2025

A Complete Unknown

Fui ver o filme e deixo-vos o meu comentário.
Para aqueles de nós que viveram apaixonada e interventivamente aquela época, em que a UTOPIA andava à solta, é mais do que um filme – é uma lembrança de uma época em que a música tinha o poder de mudar tudo. Para quem não o fez, é um convite a compreender como Bob Dylan, e aqueles que estiveram ao seu lado, reescreveram as regras do que a arte poderia ser.
"A Complete Unknown" é também, e talvez a intenção fosse essa, um filme biográfico de parte da vida de Bob Dylan, pode ser. Termina com a lembrança da conquista do Prémio Nobel da Literatura, que Bob Dylan recusou.
Falta o depois que um dia, não tenho a menor dúvida, alguém irá contar já sem a presença de Dylan.
Mas é nada menos que extraordinário.
“A Complete Unknown” é mais do que uma cinematografia – é uma jornada. Uma viagem pela música, história e vida de uma lenda, que em 1961 chega à grande cidade vindo do Minnesota com a guitarra, mas acima de tudo com um talento genial e revolucionário.
É estimulante, emocionalmente rico e visualmente deslumbrante ouvir tantas canções que nos fizeram crer que algo de muito importante estaria para acontecer
Concordo que em muitos momentos o génio, e isso fica demonstrado no filme, sente-se o peso das suas escolhas, lutas e a sua personalidade. Concorde-se ou não!
Genialidade que faz celebrar o seu talento, mas igualmente a sua humanidade.
E que dizer das interpretações?
Excepcionais todas elas.
Timothée Chalamet protagoniza e canta, no papel de Bob Dylan, em "A Complete Unknown", de James Mangold, parte da história verídica da ascensão de um dos mais icónicos cantautores de sempre.
Eu recomendo que vejam o filme. Novos e menos novos, os que consideram Dylan ou não.
Para sempre, e no momento actual, um filme interventivo quer queiram ou não.