Sem
strip-tease e fio dental aqui está uma fase da «vidinha» de um «bon vivant», um
Coelho nos jardins da Tecnoforma.
O
caso é relatado pela revista Visão.
A
ser verdade… só se confirma o que já pensava sobre um coelho no jardim das
delícias…
«Quando,
em fins de 1996, aceitou ser presidente do Centro Português para a Cooperação
(CPPC), uma ONG com ligação umbilical à empresa Tecnoforma, o seu único
mecenas, Passos Coelho não perdeu tempo. Formulou os convites, todos bem-sucedidos,
para o conselho de fundadores, e explicou-os a Fernando Madeira, fundador e patrão da
Tecnoforma: alguém próximo do então PR, Jorge Sampaio (seria Júlio Castro
Caldas, à época bastonário da Ordem dos Advogados), do Governo de António
Guterres (o deputado do PS Fernando de Sousa), da oposição (Marques Mendes,
líder parlamentar do PSD), da Comunicação Social (Eva Cabral, na altura
jornalista do Diário de Notícias e hoje assessora política do
primeiro-ministro) e até um dirigente maçónico (coronel Oliveira Marques).
Em
março de 1997, Passos Coelho já telefonava a Fernando Madeira, para lhe dizer:
"Prepare-se que vamos a Bruxelas. O João de Deus Pinheiro vai
receber-nos." Voaram em executiva, no dia 10, e o então comissário europeu
deu-lhes uma indicação importante - havia verbas do Fundo Social Europeu (FSE)
disponíveis para cursos de Função Pública em Cabo Verde e nos outros PALOP.
Outro
exemplo: foi preciso obter de Isaltino de Morais, presidente da Câmara de
Oeiras, uma "carta de interesse" para viabilizar um curso de costura
no então bairro de barracas da Pedreira dos Húngaros, sobretudo habitado por
cabo-verdianos, e subsidiado pelo FSE. Essa "carta de interesse" de
Isaltino acabaria por chegar ao CPPC antes mesmo de o autarca receber em
audiência formal a ONG, representada por Passos e Madeira.
Mas,
claro, nem tudo foram rosas. Na verdade, é desconhecida a verba canalizada pelo
FSE para o mencionado curso de costura. O Instituto do Emprego e Formação
Profissional, após insistentes pedidos de consulta da VISÃO, acabou por responder
que não encontrava o processo respetivo.
Fontes
conhecedoras estimam que a Tecnoforma injetou no CPPC cerca de €225 mil, no
conjunto de três anos - 1997, 1998 e 1999. É um montante muito acima das verbas
inscritas nos mapas contabilísticos da ONG, arquivados no Instituto Camões e
subscritos por um técnico oficial de contas, José Duro, que faleceu em 2004. Em
teoria, o chamado Balancete Analítico é suposto ser mais pormenorizado e
assertivo, mas parece que ninguém sabe onde tal documento se encontra.
Até
ver.»
Para quê um strip-tease face a tal espectáculo erótico...
BEM VISÍVEL!