São os gastadores de 2013.
Os tais que VIVEM ACIMA DAS POSSIBILIDADES, mas a quem ninguém lhes pede contas.
Personalidade do Ano: Cavaco Silva
A Presidência da República garantiu que ia passar a publicar
os contratos e os ajustes directos, à semelhança de qualquer
outra entidade pública. Mais um ano passou sem que Cavaco Silva desse esse
passo em nome da transparência. Também foi um ano em que Belém conseguiu aumentar
a despesa em gestão administrativa.
Autarquia do Ano: Portimão
Portimão parece a nova Madeira. A Portimão Urbis, empresa
municipal, gastou 2,46
milhões a modernizar o estádio de futebol do Portimonense. Todos os
contratos, adjudicados entre Agosto de 2010 e Outubro de 2011, foram celebrados
sem qualquer concurso público. Depois, há o caso de polícia de uma loucura
chamada Cidade do Cinema. Isto na câmara com maior
endividamento per capita do país.
Entidade Pública do Ano: Inspecção-Geral das Finanças
Os
cidadãos deixaram de ter acesso aos relatórios inspectivos da defunta
Inspecção-geral da Administração Local (IGAL), fundida na Inspecção-Geral de
Finanças (IFG). O acesso aos documentos administrativos não são permitidos. O inspector-geral José Maria Leite Martins, chefe máximo, não responde a quaisquer pedidos de acesso a documentos administrativos. É a transparência na sua plenitude, nesta partidocracia do escondido com rabo de fora.
Prenda do Ano: Medalhas para os trabalhadores do saneamento
de Loures
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Câmara
de Loures gastaram em Julho 18 mil euros (11.861
euros e 7.243 euros) em medalhas e emblemas para a “festa do
trabalhador”. Esta festa homenageou os trabalhadores municipais com 15, 20, 25,
30 e 35 anos de serviço e os que se aposentaram desde Julho de 2011. Além de
medalhas, houve ainda almoço e música. Era ano de eleições autárquicas...
Frase do Ano: “Duvido que outro país tenha mais
transparência e escrutínio do que em Portugal”, Aníbal
Cavaco Silva
Boy do Ano: Gonçalo Castel-Branco
A Presidência do Conselho de Ministros fez um contrato
de 60 mil euros, válido por dois anos, em nome de Gonçalo Castel-Branco
Unipessoal. Segundo o contrato, o profissional em causa apenas precisa de
trabalhar 480 horas por ano, ou seja, 40
horas por mês. Cada hora de trabalho para tratar da “estratégia digital” do
governo rende 62,50 euros.
Mistério do ano: A publicitária de 19 anos
A Câmara de Gaia pagou 16.800 euros por um trabalho de 90
dias que consiste em criar uma campanha institucional. Mais de 5500 euros por
mês, portanto. A adjudicatária conseguiu este contrato apesar de ter apenas
19 anos.
Zombie do Ano: Parque Expo
O governo anunciou em 2011 que em Junho deste ano a Parque
Expo, que tem dívidas de 250 milhões de euros, estaria extinta. O tempo passou
e nada aconteceu. Entretanto, a Parque Expo até arranjou maneira de gastar mais
de 100 mil euros em seguros de vida, porque nunca se sabe quanto mais tempo
estará no reino dos vivos.
Portugal no Seu Melhor: O futebol para mulheres
A história é antiga mas só este ano veio à luz do dia. A
Associação Portuguesa Mulheres e Desporto organizou entre Abril de 2010 e Julho
de 2012 várias iniciativas para incentivar as mulheres a jogar futebol e
futsal. Custou uns módicos 500
mil euros.
Viagem do Ano: Autocarros Famalicão-Fátima
A Câmara Muncipal de Famalicão abriu um concurso no valor de 130
mil euros, para levar habitantes de 49 freguesias do concelho a Fátima -
ida e volta no mesmo dia. Isto antes das autárquicas, como se adivinha.
Jantar do Ano: O Natal da NAV
O jantar de Natal da empresa pública NAV Portugal de 2012
custou a módica quantia de 22.074
euros. A festa decorreu num hotel de cinco estrelas em Lisboa. Ninguém se
preocupou com o assunto. Para quem não sabe a NAV
Portugal, E.P.E. tem como missão prestar os serviços de tráfego aéreo
nas Regiões de Informação de Voo (RIV) sob responsabilidade do Estado Português
– RIV de Lisboa e RIV de Santa Maria.
Obra do Ano: Aeródromo Municipal de Ponte de Sor
Depois de oito milhões, a autarquia de Ponte de Sor abriu
concurso para mais quatro milhões na
segunda fase do Aeródromo Municipal, que até um campus universitário vai
ter.
Assim vai Portugal, dois terços da população a pagar as despesas dos parasitas sociais.
Afinal quem vive acima das possibilidades??
Pois é.....