Isto não aconteceu na Somália, em Angola ou noutro qualquer país do oitavo mundo, onde a lei é a dos poderosos.
Isto aconteceu nos Estados Unidos da América, país dito de potência mundial - só se for na forma como VIGIA, PROÍBE A CIRCULAÇÃO DE PESSOAS, INVENTA INTENTONAS E POR FIM MATA, POR MATAR, UM JOVEM DE 13 anos.
Nunca tive e não tenho consideração alguma por aquela sociedade RACISTA dos Estados Unidos da América.
Um, mais um, jovem, de etnia africana, foi morto porque alegadamente andava a roubar armas.
O crime grotesco foi filmado pelo próprio sistema de vigilância do assassino.
Foi na cidade de Milwaukee , nos Estados Unidos, que o próprio sistema de vigilância do assassino o filmou a dar dois tiros, um acertando no peito, a um jovem de etnia Africana.
O júri reuniu-se durante cerca de uma hora antes de deliberar John Henry Spooner culpado do crime de homicídio.
O crime aconteceu em Maio do ano passado quando o pequeno Darius Simmons estava a despejar o lixo.
No vídeo, vê-se o homem de 73 anos a sair de casa e a falar com ele, tendo-lhe apontado uma arma ao peito.
O tiro acertou-lhe no peito.
O vídeo mostra não só o crime, como a facilidade da obtenção de armas nos Estados Unidos, uma polémica questão que se tem discutido nos últimos anos.
A mãe do jovem de 13 anos contou ao Tribunal que o filho morreu nos braços dela, e que quando levantou a t-shirt e “viu que tinha uma bala no peito, respirou mais uma vez”.
Embora tenha sido considerado culpado na primeira “fase” do julgamento, pode ainda ser culpado mas ilibado.
O advogado defesa argumentou que, nas declarações iniciais o agora condenado não disse que “matou” o rapaz, pelo que não tinha intenção de matar. Pode desta forma alegar que o homem não tinha consciência do que estava a praticar, declarando-o mentalmente incapaz.
O
representante do órgão equivalente ao Ministério Público nos Estados Unidos
perguntou “como é que pode não ter intenção de matar?” apontando para o vídeo
que foi mostrado em tribunal.
Mas há mais naquela sociedade de selvagens.
Sabia, por exemplo, que há naquelas paragens uma lei que
permite ao presidente ordenar o “kill” a uma pessoa sem haver julgamento.
Assustador? Surreal?
Nada disso.
Apenas e tão só uma sociedade de selvagens onde a «lei»
existe só para aniquilar os outros.
Prisões de Guantánamo, invasões a países soberanos à
procura, diz a corja, de armas de destruição maciça, mas que não passou de uma manobra de diversão, com custos elevados em vidas humanas para dominarem o petróleo
que tanta falta faz aos donos do mundo.
Será que isto pode ser o
destino de Bradley Manning e Julian Assange?
Nada nos admirava dado que tudo isto já aconteceu, em tempos recentes.
Estamos perante uma nova ordem mundial?
A resposta é, infelizmente, afirmativa.
O sistema, cada vez mais, cai de podre.
Cidades são declaradas falidas, insolventes e a miséria campeia entre os mais fracos e frágeis.
A revolta está para breve.
Queiram ou não queiram os cobardes e o silêncio dos acordos submissos.