Na sexta-feira na Assembleia Municipal da Guarda, foi apresentada a seguinte moção:
Moção
PELA
DEMISSÃO DO GOVERNO – FORA COM A TROIKA!
O
atual governo assumiu, desde a tomada de posse, o papel de capataz da
troika FMI – BCE – UE e foi mais longe nas medidas de austeridade
do que previsto no memorando assinado pelo PS, PSD e CDS, em Maio de
2011.
Exemplo
flagrante desta atitude de vingança contra o seu próprio povo que,
ao contrário dos poderosos e especuladores, nunca viveu acima das
possibilidades, é o roubo dos subsídios de férias e Natal de 2012
aos reformados, pensionistas e trabalhadores da função pública,
condenado pelo Tribunal Constitucional.
Como
era previsível, os resultados das políticas de austeridade foram a
recessão económica, a queda do investimento e o aumento do número
de falências, um desemprego descontrolado que já ultrapassou 23%,
números reais, o alastrar da miséria e da exclusão social. E a
dívida, em vez de diminuir, vai crescendo, fruto dos juros usurários
e da inevitável queda das receitas fiscais.
Mas
se o desemprego já é por si um estigma social, pior, muito pior, é
o fato de os cidadãos verem fugir-lhes o respectivo subsídio
passado algum tempo. Vergonhoso.
Só
aqui no distrito da Guarda mais de metade dos desempregados já
perdeu o subsídio de desemprego.
Em
vez de arrepiar caminho, os responsáveis deste desastre económico e
social respondem à crise, agravada pela austeridade, com ainda mais
austeridade. Em desrespeito pela decisão do Tribunal Constitucional,
o governo decidiu alargar o roubo dos salários e subsídios dos
reformados e do setor público a todos os trabalhadores e anuncia-se
uma redução de pensões entre 3 e 10%.
O
copo transbordou em 15 de Setembro, nas manifestações que trouxeram
à rua mais de um milhão de portugueses sob o lema: Que
se lixe a troika, queremos as nossas vidas!
Pelas ruas ecoou espontaneamente o clamor pela demissão do governo.
O povo verificou que a austeridade não é apenas um erro, mas sim
uma opção de vida e uma obsessão de morte deste governo.
Outra
obsessão do governo é a perseguição ao poder local democrático,
a nível dos municípios (com a lei dos compromissos e o PAEL) e das
freguesias. A lei da RATA ou lei “mata-freguesias” é a última
peça que resta do Documento Verde do (ainda) ministro Miguel Relvas.
A opção é clara: ou a vida de mais de mil freguesias e de todo um
povo ou a sobrevivência deste governo celerado.
Assim,
a Assembleia Municipal, reunida em 28/09/2012, delibera:
Exigir
a demissão do XIX Governo Constitucional, assente na moribunda
coligação PSD – CDS.
Se
aprovada, esta Moção será enviada ao Presidente da República,
Presidente da Assembleia da República, grupos parlamentares,
primeiro-ministro e à comunicação social nacional e regional.
Os
Deputados eleitos pelo Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal da
Guarda.
FOI CHUMBADA POR UNS QUANTOS DEPUTADOS DO Ps do (in)seguro que não têm a CORAGEM DE DIZER BASTA!!!!
Por aqui se percebe o que vai ser a posição do P(in)S(eguro)!!
Depois da abstenção violenta(???) agora «chegou» a aprovação pacífica!!!