Afirmam no seu evento que “Ao cortar 30% no orçamento para atribuição de produtos de apoio, o governo tomou uma decisão que, objectivamente, contribui para o agravamento das condições de vida e de saúde da população com deficiência. Produtos de apoio são cadeiras de rodas, sondas, próteses, etc., sem os quais é impossível vivermos.“
O protesto não terá “fim” previsto, e será levado em conta pelo maior número de dias possível.
O objectivo da iniciativa, explicou Jorge Falcato Simões, é denunciar os vários cortes em apoios de que têm sido alvo estes cidadãos, os quais dificultam o dia-a-dia de milhares de portugueses com deficiência.
O responsável do movimento (d)Eficientes Indignados considerou "insuficiente" o reforço de um milhão de euros do financiamento aos produtos de apoio a cidadãos com deficiência, anunciado na segunda-feira pelo Governo.
Falcato Simões explicou que o valor este ano disponível para a concessão dessas ajudas representa uma "redução significativa" relativamente às verbas afetas em 2011.
"O que nós exigimos é que seja reposta a totalidade do orçamento do ano passado", frisou.
O ativista referiu que outra revindicação dos manifestantes tem a ver com o corte dos benefícios fiscais decidido em 2007, durante o Governo liderado por José Sócrates.
"Nessa altura, os partidos atualmente no poder [PSD e CDS-PP] estavam na oposição e lutaram connosco e apoiaram as nossas posições" a exigir a reposição desses benefícios, recordou."
Por isso, Falcato Simões exige coerência com as posições então assumidas pelos partidos, instando o Governo de coligação a apresentar as propostas que fez aquando da discussão do Orçamento de Estado de 2009.