terça-feira, maio 08, 2012

Um «mouro» de trabalho


A capacidade humana para o trabalho… é espantosa!
Coitado do homem, que nem tem tempo para ir ao barbeiro !
Mas, não é por falta de dinheiro!!!
Um dia dá-lhe um enfarte, morre, e a taxa de desemprego em Portugal desce, pelo menos, 10% ! António Nogueira Leite, é um artista português!!!
Quantas horas terá o dia para este senhor ?
Senão vejamos:
- Foi recentemente nomeado como vice-presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos e, nesta única função, ganha mais de 20 mil euros por mês(nada mal).
- Mas este académico, que foi conselheiro de Pedro Passos Coelho(quem diria?).
- Mas tem mais umas funções(de onde lhe escorrem mais uns eurozitos)...;
- Efectivamente ele é, actualmente, apenas e só: administrador executivo da CUF; administrador executivo da SEC; administrador executivo da José de Mello Saúde; administrador executivo da EFACEC Capital; administrador executivo da Comitur Imobiliária; administrador (não executivo) da Reditus; administrador (não executivo) da Brisa; administrador (não executivo) da Quimigal; presidente do Conselho Geral da OPEX; membro do Conselho Nacional da CMVM; vice-presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment Bank; membro do Conselho Consultivo da Associação Portuguesa para Desenvolvimento das Comunicações; vogal da Direcção do IPRI; é membro do Conselho Nacional do PSD desde 2010, isto, depois de ter sido governante pelo Ps (e esta hein!!?).
Não me digam que o senhor não tem um apuradíssimo sentido de oportunidade.
Merece o que ganha, pois trabalha que se farta ! ! !
É por este senhor ocupar simultâneamente 14 postos de trabalho de alto nível (excluindo os políticos) e por outros milhares de exemplos similares da nossa praça, que há tanta gente desempregada.

A maior desgraça de uma nação pobre, é que em vez de produzir riqueza, produz ricos
(Mia Couto)

O mágico fez um gesto e desapareceu a fome, fez um segundo gesto e desapareceu a injustiça, fez um terceiro e desapareceram as guerras.
O político, fez um gesto e desapareceu o mágico.
(Woody Allen)