Sócrates vem a Trancoso receber das mãos de Júlio Sarmento a medalha da cidade.
Recordar que Sarmento é presidente da câmara local, líder do PSD, afilhado de casamento do casal Cavaco e dono de todas as confrarias regionais e demais tascas que dão alimento a muitos parasitas locais.
A medalha, diz o Júlio é atribuída, pelo município, pela simples razão que Sócrates manteve, apesar dos condicionalismos impostos pelo PEC número 2, a estrada de ligação de Trancoso até Bragança.
Será que Sarmento também vai associar à festança, o facto dos comboios inter-cidades pararem em Vila Franca das Naves? Isto apesar do edil ter pago milhares de bilhetes a hipotéticos passageiros só para provar à REFER que Vila Franca das Naves tinha muitos passageiros, logo justificava-se a paragem do inter-cidades por aquelas paragens. Isto porque ainda não há TGV de mercadorias, claro!!!
Já agora, será que Sarmento também irá querer saber do mega agrupamento das escolas do concelho de Trancoso? Será que a medalha é apenas mais uma nódoa, a juntar a tantas outras, que vai determinar o encerramento de mais e mais escolas? Será que Sarmento questionará Sócrates sobre o futuro do interior? Será que Sarmento falará da «sua» escola profissional verdadeiro antro de morgados e das suas coutadas?
Será que Sarmento falará do nível de endividamento da misericórdia local, da qual ele, Sarmento é presidente da mesa? Será que Sarmento falará do elevado custo que os pais e encarregados têm de suportar para que os filhos usufruam da creche da misericórdia? Será que Sarmento falará do «seu» hotel? Será que Sarmento falará da Trancoso eventos? Será que enfim Sarmento calará no meio de tantos salamaleques bajulações e outros discursos de circunstância com punhos de renda?
Acredita-se que será mais um tango a «dois» PS e PSD, desta vez com o péssimo presságio de um Bandarra falido, submisso e bacoco.
Mais uma medalha e depois toque-se o hino, comam-se umas sardinhas de Trancoso que muito provavelmente serão as últimas de um concelho com o triste desígnio de ficar despovoado e abandonado, a juntar a tantos outros.
Porcos dos que não querem ver e, pior, pactuam e não querem nem desejam denunciar.