sexta-feira, junho 04, 2010

Mais uma vigarice

Os alunos com mais de 15 anos retidos no 8.o ano de escolaridade, têm este ano lectivo mais uma hipótese para concluir o ensino básico.
Repararam na subtileza do termo «mais uma hipótese...».
Para isso é preciso que se autoproponham às provas nacionais de Português e de Matemática do final do 3.o ciclo, em Julho, e façam ainda os exames a nível de escola em todas as disciplinas do 9.o ano.
Em caso de aproveitamento, transitam directamente para o 10.o ano, terminando assim o ensino básico, sem que para isso seja necessário passar pelo 9.o ano.
Ou seja, aos adolescentes que completarem o 8.o ano com sucesso exige-se que transitem para o 9.o ano e aos alunos que não obtiveram aproveitamento curricular ao longo do ano lectivo abre--se a possibilidade de, após fazerem as provas nacionais e de equivalência de frequência, saltarem uma etapa e passarem à frente dos outros colegas.
Isso significa que os que trabalharam pior são mais beneficiados dos que os que se esforçaram na avaliação contínua.
Ou seja, em resumo, premeia-se a malandrice, a incompetência e a cabulice.
O exemplo vem de cima, claro está!!!
Pergunta-se: porque não lhes dão de imediato o curso e o recurso a ser «engenheiro» de sanitas?
É só facilitismo!!!
Quem vai pagar tamanha barbaridade?
No primeiro ciclo já se torna impossível chumbar.
No segundo ciclo o mesmo. Vejam-se as provas de aferição que o próprio ministério obrigou os alunos a realizar, que pelo seu grau de dificuldade catalogou os alunos portugueses de acéfalos e as políticas educacionais de asininas.
Agora, no 3.º ciclo pode-se «passar» de imediato do 8.º ano para o 10.º ano, desde que o aluno em causa, seja um incompetente.
No secundário inscreve-se num curso das Novas Oportunidade e, ei-lo com o 12.º ano!!
Depois, bem depois, matricula-se na universidade na «modalidade» dos maiores de 23 anos.
Et voilá!!!
Monsieur com diploma passado e assinado.
Até que, com alguma sorte, chega a presidente da junta da paróquia, da câmara dos inúteis e quiçá a presidente do governo da nação.
Nação podre e triste que admite ter tais mandantes incompetentes, imberbes e doentes mentais que a troco de umas estatísticas a tudo se permitem.
VERGONHOSO!!!