quarta-feira, janeiro 28, 2009

Uma morte anunciada (I parte)

O Novo Hospital

Aqui se inicia uma cronologia de factos que dizem TUDO sobre vontades e manifestações que deram em enganos e desilusões para os guardenses, mas também para um distrito.
De Hospital NADA.
Agora, já se fala em percalço.
Será bota difícil de descalçar?

Verão de 2001 – M. Carmo Borges faz depender a sua candidatura à câmara da Guarda de garantias do governo (socialista) para a construção de um hospital novo de raiz na Guarda.

Autárquicas de 2001 – O novo hospital é o tema central da campanha eleitoral. A câmara é ganha pelo PS e a presidente é M. Carmo Borges.

Legislativas de 2002 – Durão Barroso compromete-se em campanha eleitoral com a construção de um hospital novo para a Guarda. M. Carmo Borges responde com a promessa da aquisição do terreno por parte da autarquia.

Finais de 2002 – A Presidente da Câmara da Guarda, M. Carmo Borges, propõe 6 localizações possíveis para o novo hospital da Guarda.

Março 2003 – Grupo de missão indica o terreno do Nó do Torrão como a localização preferida para o novo hospital.

Julho 2003 – Durão Barroso, 1º ministro, desloca-se à Guarda e anuncia que o novo hospital da Guarda irá ser uma realidade apesar das resistências colocadas. Concretiza dizendo que o novo hospital será um dos 10 novos hospitais do país cujos concursos públicos seriam lançados até ao fim de 2006 e construídos na legislatura seguinte (2006-2010).

Dez 2003 – Luís Filipe Pereira, ministro da saúde, anuncia publicamente que a localização do novo hospital da Guarda será anunciada durante o ano seguinte.

Dez 2003 – O novo hospital integrará a “2ª vaga” de 10 novos hospitais juntamente com Algarve, V. N. Gaia, Évora, V. do Conde e P. Varzim.

Maio 2004 – A Assembleia Municipal da Guarda aprovou por maioria a realização de um referendo sobre a localização do novo hospital.

Maio 2004 – O Interior anuncia que o ministro da saúde se deslocará à Guarda em Junho para anunciar a decisão final quanto à localização do novo hospital, provavelmente no Parque da Saúde (Cerca do Sanatório). Esta mudança relativamente ao parecer do grupo de missão de Março de 2003 fica a dever-se à recusa da presidente da câmara em adquirir o terreno do Nó do Torrão. Cai por terra a hipótese de realização de um referendo.

Setembro 2004 – Jorge Abreu Simões, encarregado de Missão para as Parcerias na Saúde, anuncia no Porto que todos os concursos públicos para a construção de novos hospitais em regime público-privado (V. Franca de Xira, Sintra, Algarve e Guarda) ficarão concluídos até ao final de 2006. O arranque do concurso público é anunciado para o ano de 2005 com visa a ficar concluído até ao fim de 2006.

Outubro 2004 – Fernando Andrade, presidente do CA da ARS Centro afirma no Congresso Nacional dos Médicos Internos que o HSM vai passar a ser uma unidade-empresa no âmbito das parcerias público-privadas o que permitirá a construção do novo hospital nos próximos anos.
(Continua)