Os Guardenses estão a ser, cada vez mais, espoliados da coisa pública.
O património que nos foi legado pelos nossos antepassados está, escandalosamente, a ser desbaratado e DOADO a terceiros.
É um verdadeiro atentado à memória de um povo.
Aconteceu com o túnel de acesso a um centro comercial; aconteceu na permuta de terrenos do bairro das Lameirinhas; aconteceu com os passeios que se transformam em esplanadas para cafés; acontece com o mercado municipal, com o centro de camionagem e com todos os terrenos envolventes, ou seja aconteceu e acontece com o beneplácito régio de um executivo camarário incompetente e desleixado.
Agora, é a venda de dois lotes para construção na Avenida Monsenhor Mendes do Carmo.
O terreno foi adjudicado pela Câmara da Guarda, por ajuste directo, à proprietária do Hotel Vanguarda por pouco mais de 86 mil euros, uma decisão ratificada pela maioria socialista do executivo.
Inicialmente, a base de licitação era de cerca de 531 mil euros, mas baixou à segunda tentativa de venda para 86.280 euros. O presidente do executivo, Valente, justificou esta redução com uma avaliação cuja base era a alienação em hasta pública, pelo que o valor inicial tinha sido calculado em função da legislação e não do mercado.
Mas que explicação mais inverosímil e estapafúrdia.
Explicação própria e usual das negociatas PS. A coisa fez escola, pelas bandas do Largo do Rato e tem os seus tentáculos por todo o País.
Mas, se a alteração do valor do terreno é, já por si, abusiva e nada conspícua com os reais interesses dos Guardenses, que dizer do facto dos cofres da Câmara virem a ser lesados, ainda mais, pelo pagamento do imposto sobre o diferencial da avaliação patrimonial (209 mil euros) em relação à venda, feita por 86 mil.
GRANDE NEGOCIATA!!!
INCOMPETENTES.
Quem lucrou com este negócio de «luvas e colarinhos brancos»???
Os Guardenses de certeza que não, está bem de ver.