sábado, janeiro 31, 2009

O que dizem os e-mails.....


"Alguns excertos dos e-mails trocados:
- «tudo deve estar concluído antes do novo Governo tomar posse»
- «tenho estado sob ordens muito rígidas do ministro para não dizer nada»
- «enviar a taxa em duas partes, uma para o Estudo de Impacto Ambiental e outra para os protocolos. Tenho as pessoas sob controlo graças a essa transferência»
- «para o Estudo de Impacto Ambiental é necessário pagar mais 50K. Não digo para pagar já, faça só a transferência»" (SOL)

O Zezito sabe disto?
E o PGR?
E a senhora procuradora Cândida Almeida?

Afinal a carta rogatória enviada pelas autoridades inglesas tem muitas mais novidades em relação a 2005. [Aqui]

Quem acredita na Justiça Portuguesa?

Péssimas notícias


Enquanto o País é «arrastado» pela onda de choque do caso FreePort, a taxa de desemprego sobe, sobe sem parar.

Só em Dezembro, 230 mil pessoas passaram a fazer parte dos desempregados da zona euro, que somam já cerca de 12,5 milhões.

O Eurostat divulgou os números, com Portugal a manter a tendência de subida. Com uma taxa de desemprego a aproximar-se dos 8%.

As notícias económicas nacionais também não são muito animadoras.

O Instituto Nacional de Estatística divulgou as previsões sobre o investimento empresarial, que entrou em queda acentuada, de acordo com respostas muito semelhantes ao inquérito dirigido tanto a grandes como a pequenas empresas, todas prevendo fortes cortes no investimento para este ano, destacando-se neste campo os sectores da restauração, alojamento e indústria extractiva.

A alteração do comportamento do investimento reflecte sobretudo o investimento das empresas com mais de 250 pessoas ao serviço que passa de um aumento significativo em 2008 para uma variação negativa em 2009”, refere o INE, que também nota que os empréstimos do Estado e os financiamentos da UE estão a substituir ao crédito bancário, às acções e obrigações e ao auto-financiamento.

O País caminha, a passos largos, para uma crise social, económica e financeira sem precedentes; só a mentira, a corrupção e o despudor de certa escumalha vai fingindo nada saber, nem querer saber da situação.
A Bem da Nação.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Finalmente


Depois das festividades natalícias, dos Reis e tudo mais que se queira, as ornamentações ficaram ad eternum nas ruas, praças e demais locais, da cidade da Guarda.

É uso e costume desmanchar os enfeites natalícios logo a ser aos Reis.
Mas, por cá não foi assim.

Afinal, pergunta o cidadão comum, porque só agora se desmontou a barraca?
Diz-se na cidade, que a razão está no facto de a Câmara da Guarda ainda não ter pago a verba contratualizada para a festa.
A ser assim, é mau.
Muito mau.
É a imagem da Guarda que está em causa, sabiam?

Uma morte anunciada (III parte)

Segue a «novela» Hospital.
Este é o III episódio, mas o final desejável não foi ainda atingido.

Maio 2007 (idem) – O ministro anunciou a criação de uma Unidade Local de Saúde no distrito da Guarda, com estatuto de EPE. “Se este ano conseguirmos constituir a EPE, se a Unidade for dotada do capital social necessário para o arranque e o projecto estiver pronto, podemos iniciar os concursos públicos, mesmo de construção, no próximo ano.” “O projectista tem connosco um entendimento que vai agora concretizar-se ao continuar o projecto na nova modalidade.”

Maio 2007 (reacções)
Estamos todos satisfeitos. Espero que seja este ministro a inaugurar o novo hospital da Guarda.” – M. Carmo Borges

Quero estudar para tomar posição.” – Álvaro Amaro

Esta era a prenda de que todos esperávamos. Penso que estão criadas todas as condições para que dentro de 3 anos tenhamos instalações capazes de satisfazer os profissionais. Com a homologação penso que é impossível haver alguma hipótese de o processo voltar atrás.” – Fernando Girão

Estou muito satisfeito porque neste momento dependemos apenas de nós, isto é, do CA do hospital, da Câmara e de todos os agentes envolvidos no processo.” – Joaquim Valente

Estão criadas as condições para que o processo avance o mais rapidamente possível. Acho que ficou demonstrada a grande vontade política do actual governo em cumprir esta promessa.” – Fernando Cabral

Outubro 2007 – M. Carmo Borges, governadora civil da Guarda – “Acho que o dia 18 de Maio de 2007, quando foi anunciada a construção de um novo hospital, foi um momento muito alto para a Guarda, para o distrito e para a região. Nada irá atrasar as obras das novas instalações do hospital da Guarda, porque o calendário estipulado está a ser rigorosamente cumprido. Espero termos estaleiro no início de 2009.”

Março 2008 – Durante as Jornadas Parlamentares do Partido Socialista realizadas na Guarda, o primeiro-ministro José Sócrates voltou, perante os deputados do seu partido, os jornalistas, e a população em geral, a assumir o compromisso de um novo hospital para a Guarda.

Outubro 2008 – O senhor secretário de estado da saúde, Dr. Francisco Ramos, procedeu na Guarda à apresentação e homologação públicas do projecto de arquitectura das instalações do novo hospital, confirmando assim o incumprimento dos prazos anteriormente anunciados. A esse evento compareceram a senhora governadora civil da Guarda, o senhor presidente da câmara da Guarda, o senhor presidente do conselho de administração da ARS centro, e a totalidade do conselho de administração da ULS da Guarda, para além de deputados do Partido Socialista e outros responsáveis políticos. Foi então efectuada nova promessa às gentes da Guarda, de que em breve iria ser aberto o concurso público e de que haveria estaleiro para o segundo trimestre de 2009…

Bruxelas notifica Portugal por falta de qualidade do ar


A Comissão Europeia decidiu intentar uma acção contra Portugal e outros nove Estados-membros por incumprimento da norma comunitária de qualidade do ar em relação a partículas de suspensão perigosas. No conjunto destes 10 países, as infracções afectam 83 milhões de pessoas em 132 zonas diferentes, onze delas em Portugal.

De acordo com Bruxelas, entre 2005 e 2007, onze zonas geográficas em Portugal excederam os valores-limite diários de partículas de suspensão perigosas, a saber: Braga, Vale do Ave, Vale do Sousa, Porto Litoral, Aveiro/Ílhavo, Zona de Influência de Estarreja, Área Metropolitana de Lisboa Norte, Área Metropolitana de Lisboa Sul, Setúbal, Portimão/Lagoa e Funchal.

Assim vai o Portugal que Sócrates, cada vez mais, afasta dos padrões europeus.
Também no Ambiente.
Haverá, já a seguir, um estudo encomendado a algum instituto para provar o contrário?
Que tal o Instituto da Natureza das ilhas Caimão?

Este foi dos «salvados»


O risco de ruptura financeira do Banco Privado Português (BPP) é agora maior depois das buscas judiciárias de que foi alvo na terça-feira, realizados pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. Os indícios de crime colocam todos os cenários em aberto, incluindo o da liquidação

Em causa estarão transferências irregulares de dinheiro para sociedades offshore, algumas localizadas na Suíça, assim como investimentos em mercados de capitais que não eram declarados nas contas do banco e, ainda, algumas operações que indiciam manipulação do mercado.

"Eventuais crimes que não têm a dimensão do que se passou no BCP ou no BPN, mas que não deixam de constituir ilícitos penalmente puníveis", disse uma fonte bancária.

A intervenção do DIAP resultou de queixas apresentadas pela CMVM e pelo Banco de Portugal relativas a alegados ilícitos praticados em 2008, ainda antes da intervenção financeira ocorrida em Novembro, que incluiu um empréstimo de 450 milhões de euros dados por seis instituições bancárias com garantia do Estado.

Este banco foi um dos que Sócrates injectou milhões para o «salvar» da falência.

Só que, as suspeições de alegados crimes de branqueamento de capitais, de abuso de confiança e de falsificação de documentos que terão sido ali praticados podem levar à liquidação total.
E agora?
Os Portugueses vão ter que PAGAR as «ajudinhas» do Sócrates.
Ou seja, o BPP está em saldos!!!

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Afinal onde pára toda esta gente?


Na apresentação do célebre relatório das «casas do Sócrates», na Guarda, o presidente da Câmara e amigo pessoal do primeiro-ministro de Portugal, primou pela ausência.
Dizem que está algures, no estrangeiro.
Onde?
Ciudade Rodrigo, Fuentes de Oñoro?
A fazer o quê?
Meter gasolina? Comprar caramelos?
Ou será que o engenheiro Valente, amigo do Zé Sócrates não quis mesmo aparecer, na fotografia de família, sobre o «relatório»?
O tempo o dirá.
Não temos dúvidas.
Mas, não é só o «amigo» que anda por fora, no estrangeiro.
O filho do tio também anda a passear-se.
Não se sabia do paradeiro de tão venerável personagem.
Agora já se sabe.
Está na China. Isso mesmo, foi vender leques ou será que foi tratar dos negócios das pedras da Praça Velha?
Tudo offshores, dos bons, então não houvera de ser?

O mesmo


O PGR (Procurador Geral da República) vem dizer, através de comunicado que: «não foram recolhidos indícios que permitam levar à constituição de arguido de quem quer que seja», no caso FreePort.

A PGR diz que «a carta rogatória inglesa agora divulgada pela Comunicação Social, foi recebida no Departamento Central de Investigação e Acção Penal em 19 de Janeiro do corrente ano e irá ser cumprida, de acordo com a Convenção sobre a Cooperação Internacional em Matéria Penal, como tem acontecido durante a investigação».

Tudo já foi dito e reedito.

Mas, a PGR diz o que já é música aos ouvidos dos Portugueses: «ninguém está acima da lei», e que «os alegados factos que a Polícia inglesa utiliza para colocar sob investigação cidadãos portugueses são aqueles que lhe foram transmitidos em 2005 com base numa denúncia anónima, numa fase embrionária da investigação, contendo hipóteses que até hoje não foi possível confirmar, pelo que não há suspeitas fundadas».


Na mesma nota a PGR esclarece ainda que o caso Freeport se encontra a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal desde Setembro de 2008, «estando neste momento a ser efectuadas perícias pelo Departamento competente da Polícia Judiciária sobre diversos fluxos bancários».


Perceberam o que «eles» querem dizer?
Já se sabia.
Tudo como dantes, no quartel de Abrantes, ou seja, como das «casas do Sócrates na Guarda».

Afinal havia outro

A foto do ano!!!
Afinal havia outro.....relatório pago pelo ME.

Uma morte anunciada (II parte)

Novo folhetim da novela do Hospital da Guarda.
Qualquer semelhança com a realidade É VERDADEIRA COINCIDÊNCIA.

Janeiro 2005 – No âmbito da campanha para as legislativas, o PS anuncia que abandonará o projecto das parcerias público-privadas com excepção dos hospitais cujos concursos já estão iniciados: Loures, Cascais e Braga. Para a Guarda defende a recuperação do Plano Director. Fernando Cabral afirma considerar que se está “na estaca zero”.

Fevereiro 2005 – Ana Manso reúne com Isabel Garção e condena a proposta socialista de recuperação do Plano Director, reafirmando a intenção de construção de um hospital novo de raiz.

Maio 2005 – Ministério da Saúde (já socialista) confirma que o hospital da Guarda não integra o lote dos 5 hospitais a ser construídos no âmbito das parcerias publico-privadas.

Maio 2005 – Álvaro Guerreiro (presidente da Câmara): “Agora já não há dúvidas. O projecto vai ser retomado para depois ser lançado concurso para as obras. O compromisso eleitoral do 1º ministro, de modernizar o hospital da Guarda, vai ser cumprido e tudo o resto são especulações.”
Junho 2005 – Fernando Girão: “O Plano Director está feito, agora temos que sentar à mesa o IPPAR e a DGEH. A localização do Sousa Martins é única no país e talvez na Europa, mas isto tem custos arquitectónicos e torna as coisas mais lentas, mas vamos tentar.”

Outubro 2005 – Victor Gonçalves, responsável pela divisão de Instalações e Equipamentos da ARS Centro apresenta a Joaquim Valente, candidato socialista à câmara da Guarda em campanha eleitoral, o projecto do “novo hospital da Guarda”. E explica: “A obra só poderá iniciar-se após a construção do novo Centro de Saúde da Guarda também previsto para o Parque da Saúde.”

Outubro 2005 – Fernando Girão: “Até Ana Manso acredita que esta será a melhor forma da Guarda ter um hospital digno, penso por isso que esta opção é irreversível. Espero que as obras se iniciem em 2007”.

Fevereiro 2007- Reunião entre a câmara e o CA do HSM – é anunciado que um grupo de trabalho nomeado pelo ministro da saúde, tem até 15 de Abril para definir o programa funcional do novo hospital da Guarda. Joaquim Valente (presidente da câmara): “É importante que, no ano em que o HSM comemora 100 anos, se comece a fazer aquilo que é determinante para que o novo hospital seja uma realidade. A câmara não vai abdicar de saber o que se faz e quando nesta matéria. Era importante que o projecto estivesse aprovado no final do ano e pronto para execução.”

Maio 2007 – Correia de Campos (ministro da saúde) no âmbito das cerimónias de comemoração do centenário do sanatório: “O hospital cujo programa hoje aprovámos foi organizado no pressuposto da criação do Centro Hospitalar da Beira Interior. Aqui chegados, quais os próximos passos? Devolver o novo programa funcional ao gabinete projectista para que trabalhe, sem demora, no novo projecto. Assim sendo, deverão ser de imediato realizados os trabalhos preparatórios: plano de negócio, planeamento a 3 ou 5 anos, modelo da transição das actuais instalações para as futuras, incluindo o modelo integrado.”

Numa próxima edição continuaremos a publicar novos folhetins desta COMÉDIA-TRÁGICO PEDANTE desta corja de embusteiros.

Cem mil na marcha de abertura do Fórum Social Mundial




Os cem mil participantes no Fórum atravessaram a cidade de Belém, bloquearam o trânsito, trouxeram para as janelas a população local e mobilizaram um enorme aparato policial, intimidativo mas que se limitou a observar um extraordinário desfile com todas as reivindicações sociais do planeta, todos os sons da militância solidária, toda a alegria do desejo de transformação. [Aqui]

Fotogaleria da marcha do FSM.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Louçã vs. Sócrates 2: Crime financeiro e crise económica

As perguntas que Sócrates não quis responder

Louçã vs. Sócrates I

As perguntas que Sócrates não quis responder

A Montanha pariu um rato


Foi hoje, dia 28 de Janeiro de 2009, apresentado em reunião do executivo municipal, um documento lido por José Guerra, director do departamento administrativo e um dos elementos da comissão interna que elaborou o relatório sobre as alegadas irregularidades dos chamados «projectos das casas de Sócrates».
Desde logo, a comissão NOMEADA pela maioria socialista não é imparcial.

QUEM NÃO DEVE NÃO TEME, diz o ditado popular.
Dever-se-ia ter nomeado uma comissão independente da autarquia e no âmbito da Assembleia Municipal.

Já no caso «Borges», a maioria socialista rejeitou um requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda, na Assembleia Municipal, onde se exigia a constituição de uma comissão de inquérito a alegadas suspeitas, anunciadas pelo Engenheiro Borges, sobre o funcionamento dos serviços camarários, nomeadamente na área do urbanismo.

Agora, o executivo não perdeu tempo e vai daí NOMEOU JUIZ em CAUSA PRÓPRIA.
Pois muito bem.
É a transparência que de tanto se vangloriam certos personagens políticos.
A «comissão interna - nomeada - que analisou o licenciamento dos projectos assinados por José Sócrates na década de 80 concluiu que não existiram «diferenças assinaláveis» na rapidez com que estes foram aprovados pela Câmara da Guarda.
O relatório foi apresentado por José Guerra, director do departamento administrativo e um dos elementos da comissão interna, numa reunião presidida pelo vice-presidente da Câmara da Guarda, Virgílio Bento, na ausência do presidente Joaquim Valente, que faltou à reunião por estar no estrangeiro.
A comissão interna analisou os 23 projectos assinados por Sócrates mencionados pelo jornal Público, e outros 18 aleatórios, todos da década de 80, concluindo que relativamente à celeridade processual - ou seja, data de entrada do requerimento, data de decisão dos técnicos e deliberação final - «não resultaram diferenças assinaláveis quanto aos procedimentos internos, no âmbito dos serviços de obras particulares» comparativamente a outros projectos não assinados pelo agora primeiro-ministro.
Perceberam???
«Considerando-se, quer o primeiro conjunto de processos, quer o segundo, também estes serão similares relativamente à sua celeridade na tramitação processual interna», lê-se no documento a que a Lusa teve acesso.
Pois.
E que 18 processos aleatórios???
Aleatórios???
Escolhidos ao acaso???
Para o vice-presidente da Câmara da Guarda, Virgílio Bento, tendo em conta os resultados de análise, o assunto está encerrado porque «não houve qualquer tratamento de favor dos processos em que assinava o senhor engenheiro José Sócrates relativamente aos outros processos assinados por quaisquer técnicos».
«É um relatório técnico para dar conhecimento e, pela nossa parte, não será discutido. A nossa intervenção relativamente a este processo acabará por aqui», afirmou Virgílio Bento, durante a reunião.
Em declarações aos jornalistas, desvalorizou o facto de o assunto ter sido tratado por uma comissão interna, composta por elementos da Câmara Municipal, porque se tratou de «um procedimento interno» que visou verificar «a legalidade dos processos».
Disse que, por parte da autarquia, não houve qualquer tentativa de «branquear a imagem» do primeiro-ministro, assumindo que «o que estava em causa era a verificação da legalidade» dos processos.
«Não houve qualquer tratamento de favor, todos os processos foram instruídos legalmente e todos os processos foram aprovados legalmente por esta Câmara Municipal», disse Virgílio Bento.
A 1 de Fevereiro de 2008, o jornal Público noticiou que vários projectos assinados por José Sócrates e submetidos a aprovação entre 1981 e 1990 tinham em comum o facto de terem sido rapidamente aprovados, apesar de reparos e observações críticas dos arquitectos da repartição técnica da Câmara da Guarda e até de pareceres contrários da administração central.
Segundo o Público, José Sócrates, na qualidade de engenheiro, também terá assinado numerosos projectos de arquitectura e engenharia relativos a edifícios na Guarda, ao longo da década de 1980, cuja autoria os donos das obras garantem não ser dele, mas essa situação foi desmentida pelo actual primeiro-ministro, que garantiu «a autoria e a responsabilidade de todos os projectos» que assinou.
No dia 13 de Fevereiro de 2008, o presidente da Câmara da Guarda anunciou a nomeação de uma comissão composta por cinco pessoas para averiguar as alegadas irregularidades.
José Guerra (director do Departamento Administrativo da autarquia), Delfim Silva (director do Departamento Planeamento e Urbanismo) e os juristas Alberto Garcia, Daniela Capelo e Tatiana Adro foram os elementos nomeados para o grupo de trabalho.
Tudo da comissão interna!!!
Ou seja, a montanha pariu um rato, como era de prever.
Quem duvidava?

Carta Aberta

CARTA ABERTA AO PRIMEIRO MINISTRO


Exmo. senhor primeiro-ministro de Portugal:

O novo hospital da Guarda tem, desde há anos, servido para tema de campanha eleitoral.
Esperamos aliás que V. Exa. se recorde da intervenção que protagonizou sobre o assunto em 2005, na cidade da Guarda, durante a campanha para as eleições legislativas.
Garantiu então V. Ex.ª que, caso viesse a ser primeiro-ministro de Portugal, se procederia à recuperação do plano director de remodelação das actuais instalações do hospital da Guarda. Essa inflamada intervenção teve, como era de esperar, honras de abertura dos telejornais.
Não está isento de significado que o mesmo projecto tivesse já sido anunciado pelo ministro da Saúde do governo presidido pelo Eng.º António Guterres, professor doutor Correia de Campos, em 2001, portanto quatro anos antes da promessa eleitoral assumida por V. Exa.
Aquilo que verdadeiramente conta é que, partir da data em que V. Exa. se envolveu pessoalmente no assunto, ou seja, desde o referido ano de 2005, ocorreram vários episódios que tiveram em comum o facto de comprometerem ainda mais o governo de Portugal com a tal promessa de um novo hospital para a Guarda.
Em 18 e 19 de Maio de 2007 o mesmo professor doutor Correia de Campos, na qualidade de ministro da saúde do governo presidido por V. Exa., anunciou – durante as comemorações do centenário do sanatório da Guarda – a aprovação do programa funcional do novo hospital, bem como a constituição de uma Unidade Local de Saúde com estatuto de EPE, mas sobretudo a intenção de se iniciarem os concursos públicos, mesmo de construção, no ano seguinte, recriando assim legítimas expectativas junto dos profissionais de saúde, dos doentes, e da população da Guarda.
Em Outubro de 2007 a senhora governadora civil da Guarda afirmou publicamente que o dia 18 de Maio de 2007 havia sido um momento muito alto para a Guarda, para o distrito e para a região e que nada iria atrasar as obras das novas instalações do hospital da Guarda, porque o calendário estipulado estava a ser rigorosamente cumprido. Afirmou ainda que teríamos estaleiro no início de 2009.
Em Março de 2008, durante as Jornadas Parlamentares do Partido Socialista realizadas na Guarda, voltou V. Exa., perante os deputados do seu partido, os jornalistas, e a população em geral, a assumir o compromisso de um novo hospital para a Guarda.
Em Novembro de 2008 o senhor secretário de estado da saúde, Dr. Francisco Ramos, procedeu na Guarda à apresentação e homologação públicas do projecto de arquitectura das instalações do novo hospital, confirmando assim o incumprimento dos prazos anteriormente anunciados.
A esse “colorido” evento compareceram a senhora governadora civil da Guarda (doutora Maria do Carmo Borges), o senhor presidente da Câmara Municipal da Guarda (engenheiro Joaquim Valente), o senhor presidente do conselho de administração da ARS do Centro (doutor João Pedro Pimentel), e a totalidade do conselho de administração da ULS da Guarda, para além de deputados do Partido Socialista e outros responsáveis políticos.
Foi então efectuada nova promessa às gentes da Guarda, de que em breve iria ser aberto o concurso público e de que haveria estaleiro para o segundo trimestre de 2009…
Em 13 de Janeiro de 2009 o recém-eleito responsável pela Distrital da Guarda do Partido Socialista, senhor José Albano Marques, pronunciou-se, também ele, aos microfones da Rádio Altitude, acerca do mesmo tema. Transcrevemos, ipsis verbis, as suas declarações, que preferimos não comentar:

Nós temo-nos desdobrado em reuniões... aliás o secretário de estado já é a segunda vez que vem no mesmo mês à Guarda... além das relações institucionais é a amizade, a amizade que existe e que permite termos, digamos... um cuidado especial com este assunto.
Houve aqui uma falsa questão, se calhar um problema técnico, mas que está perfeitamente resolvido.
Neste momento a obra apenas aguarda autorização do concurso que pode ser dada ainda hoje, portanto... e no prazo de 29 dias ficaria adjudicada, portanto, não está fora de hipótese, nunca esteve em causa a situação financeira ou a falta de dinheiro para a concretização da obra.
Foi apenas... digamos... um pequeno percalço, algo que não foi acautelado mas que foi facilmente resolvido.”
- “Quer-nos explicar esse percalço?”
- “A obra total não poderia ultrapassar os 50 Milhões de euros, digamos assim. Porque senão necessitava de uma autorização da Comissão Europeia, situação que na altura não foi acautelada, visto que apenas se baseou nos 40 Milhões que iriam ser a comparticipação do Fundo Social Europeu.
Portanto, como a obra ultrapassava isso, era pela totalidade da obra e não pelos 40 Milhões do financiamento. O que acontece é que faseando a obra em 2 partes é permitido efectuar a obra, coisa que neste momento já está desbloqueada
.”

Nove dias volvidos (!) fomos surpreendidos (ou talvez não), através da edição de 22 de Janeiro de 2008 do semanário «Terras da Beira», com mais uma declaração sobre o assunto, desta vez pela boca do senhor presidente do conselho de administração da ARS do Centro, com o anúncio de que o processo está preso para publicação do despacho de abertura do concurso e com a argumentação de que a demora nesta fase do processo é justificada com questões burocráticas relacionadas com os trâmites do concurso.
Assim, a realidade em Janeiro de 2009 é bem diferente daquela que tantas vezes nos foi prometida e anunciada, e até já admite, pelos vistos, a possibilidade de o novo hospital ser construído por fases!
Bastaria ao primeiro-ministro de Portugal incluir na sua carregada agenda de 2009 uma visita ao hospital da Guarda para sentir na pele e nos ossos o frio e a humidade que, nesta altura do ano, atingem muitos dos nossos doentes.
Para as gentes da Guarda é inexplicável que uma legislatura não tenha sido suficiente para um governo suportado no Parlamento por uma maioria absoluta arrancar, ao menos, com o concurso público referente a tanta promessa, feita por tanta gente!
Senhor primeiro-ministro: não é possível tratar doentes com promessas, adiamentos, jogos políticos, e outras manobras que tais. De uma vez por todas, haja pudor.
Responsabilizamos pessoalmente V. Exa. por esta situação e por isso não podemos deixar de o alertar para o risco de o actual primeiro-ministro de Portugal vir a consagrar-se na memória dos guardenses como um dos mais ilusórios profetas que algum dia visitou estas paragens. Preferíamos, sinceramente, não ter de recordar V. Exa. dessa forma.
Por isso vimos exigir-lhe que clarifique – de uma vez por todas – a situação relativa à construção do novo hospital da Guarda. Para que o governo de Portugal e o partido que o apoia possam ser julgados com justiça nas eleições que se aproximam.
Mas também para permitir que, quem no passado associou publicamente a manutenção nos cargos políticos que ocupa ao escrupuloso e atempado cumprimento das promessas do Partido Socialista sobre esta matéria (casos como o da senhora governadora civil da Guarda, o senhor presidente da Câmara Municipal da Guarda, e alguns membros do conselho de administração da ULS da Guarda) não venham a sentir-se na obrigação de renunciar aos mesmos em nome da sua honra e imagem pessoais…
Com os melhores cumprimentos

António Matos Godinho,
Henrique Fernandes,
Ilda Santos,
Joana Vedes,
Pissarra da Costa,

Médicos do hospital da Guarda

Guarda, 26 de Janeiro de 2009

Uma morte anunciada (I parte)

O Novo Hospital

Aqui se inicia uma cronologia de factos que dizem TUDO sobre vontades e manifestações que deram em enganos e desilusões para os guardenses, mas também para um distrito.
De Hospital NADA.
Agora, já se fala em percalço.
Será bota difícil de descalçar?

Verão de 2001 – M. Carmo Borges faz depender a sua candidatura à câmara da Guarda de garantias do governo (socialista) para a construção de um hospital novo de raiz na Guarda.

Autárquicas de 2001 – O novo hospital é o tema central da campanha eleitoral. A câmara é ganha pelo PS e a presidente é M. Carmo Borges.

Legislativas de 2002 – Durão Barroso compromete-se em campanha eleitoral com a construção de um hospital novo para a Guarda. M. Carmo Borges responde com a promessa da aquisição do terreno por parte da autarquia.

Finais de 2002 – A Presidente da Câmara da Guarda, M. Carmo Borges, propõe 6 localizações possíveis para o novo hospital da Guarda.

Março 2003 – Grupo de missão indica o terreno do Nó do Torrão como a localização preferida para o novo hospital.

Julho 2003 – Durão Barroso, 1º ministro, desloca-se à Guarda e anuncia que o novo hospital da Guarda irá ser uma realidade apesar das resistências colocadas. Concretiza dizendo que o novo hospital será um dos 10 novos hospitais do país cujos concursos públicos seriam lançados até ao fim de 2006 e construídos na legislatura seguinte (2006-2010).

Dez 2003 – Luís Filipe Pereira, ministro da saúde, anuncia publicamente que a localização do novo hospital da Guarda será anunciada durante o ano seguinte.

Dez 2003 – O novo hospital integrará a “2ª vaga” de 10 novos hospitais juntamente com Algarve, V. N. Gaia, Évora, V. do Conde e P. Varzim.

Maio 2004 – A Assembleia Municipal da Guarda aprovou por maioria a realização de um referendo sobre a localização do novo hospital.

Maio 2004 – O Interior anuncia que o ministro da saúde se deslocará à Guarda em Junho para anunciar a decisão final quanto à localização do novo hospital, provavelmente no Parque da Saúde (Cerca do Sanatório). Esta mudança relativamente ao parecer do grupo de missão de Março de 2003 fica a dever-se à recusa da presidente da câmara em adquirir o terreno do Nó do Torrão. Cai por terra a hipótese de realização de um referendo.

Setembro 2004 – Jorge Abreu Simões, encarregado de Missão para as Parcerias na Saúde, anuncia no Porto que todos os concursos públicos para a construção de novos hospitais em regime público-privado (V. Franca de Xira, Sintra, Algarve e Guarda) ficarão concluídos até ao final de 2006. O arranque do concurso público é anunciado para o ano de 2005 com visa a ficar concluído até ao fim de 2006.

Outubro 2004 – Fernando Andrade, presidente do CA da ARS Centro afirma no Congresso Nacional dos Médicos Internos que o HSM vai passar a ser uma unidade-empresa no âmbito das parcerias público-privadas o que permitirá a construção do novo hospital nos próximos anos.
(Continua)

Moeda de troca


Alguns partidos mantêm o silêncio sobre o «caso» Freeport.
Estranha-se.
Mas, se calhar, não é tanto de estranhar.
Para quem ouviu, no «jornal das 9», da SIC notícias, o deputado do PSD, José Relvas ficou bem esclarecido.
Antes falar do Freeport do que no BPN; assim, esquecem-se muitas coisas.

A Bem da Nação.

A Neurónio


O «primo» tinha uma empresa.
A empresa «chamava-se» Neurónio, vá-se lá saber porquê.
A Neurónio Criativo cobrou o favor ao Freeport, foi registada em 2005 e só funcionou dois meses.
Mas, o mail segundo os indícios recolhidos na investigação apontam para que tivesse sido enviado em 2002.
Estranha-se!!!
Depois de, em comunicado, Júlio Monteiro, e após o seu outro filho, Nuno Monteiro, ter dito que não houve resposta ao tal e-mail, admitiu que o destinatário respondeu e até foi "agendada uma reunião" para ser apresentado um projecto de marketing à administração do Freeport.
"Projecto esse que nunca foi aceite, tendo, posteriormente, sido seleccionado o projecto de uma outra empresa", adiantou Júlio Monteiro, tio de José Sócrates.
Noutro ponto do comunicado, Júlio Monteiro afirma que o seu filho Hugo Monteiro invocou o facto de ser seu filho e que "em tempos" ter demonstrado "disponibilidade" para transmitir a José Sócrates "uma situação anómala e absurda ligada ao Freeport".
Ora, segundo informação que consta do Diário da República (DR), a empresa foi criada a 27 de Julho de 2005 e tinha como objecto a "organização, produção e realização de eventos, exploração de estabelecimentos de bebidas" e, entre outras, "a consultoria de marketing, comunicação e publicidade".
Em Setembro de 2005, de acordo com o DR, a empresa foi encerrada.
A dúvida é: o pedido ao Freeport é anterior a 2005, sendo que a empresa não estava constituída, ou se apenas neste ano, já com José Sócrates como primeiro-ministro, é que o favor foi cobrado?
Quem responde?
Seja como for, Nuno Leite, designer gráfico que trabalhou na Neurónio Criativo, disse ao DN que nunca chegou a finalizar um trabalho. "Houve um projecto para uma página na Internet de um infantário, foi falado um protocolo com outra empresa, mas nada avançou", declarou.

Para nós, a Neurónio era uma empresa mais vocacionada para a exploração ..... de estabelecimentos de bebidas.
Vinho verde mas tinto!!!

Kafka e a Metamorfose


Numa cerimónia com pompa e circunstância o governo e uma equipa de peritos internacionais apresentaram um relatório que elogia as políticas educativas de Maria de Lurdes Rodrigues para o 1º ciclo do ensino básico.

Só que, o estudo foi apresentado como sendo da OCDE, mas afinal, como diz o site do Ministério da Educação, tratou-se de um relatório pago e encomendado pelo governo que "segue a metodologia utilizada pela OCDE".

Com efeito, visitando a página do Ministério da Educação, pode ler-se:"Solicitado pelo Ministério da Educação (ME), este estudo corresponde a uma avaliação intermédia, realizada durante a fase de implementação das reformas, com o objectivo de verificar se as medidas desenvolvidas estão a atingir os resultados previstos e se as estratégias adoptadas devem ser ajustadas em função da experiência. Liderada pelo professor Peter Matthews, esta avaliação seguiu a metodologia e a abordagem que a OCDE tem utilizado para avaliar as políticas educativas em muitos países-membros, ao longo dos anos, com resultados positivos".

Na cerimónia que se realizou no Centro Cultural de Belém, o relatório foi apresentado como se se tratasse de um documento elaborado pela OCDE.
PURA MENTIRA.
Engodo!!!

terça-feira, janeiro 27, 2009

Questão de linguagem?


Charles Smith, o engenheiro inglês que está no centro das suspeitas do processo, quebrou o silêncio. [Aqui]

Mas, sobre a «conversa» que teve ou manteve com Júlio Monteiro, tio de José Sócrates, o engenheiro inglês limitou-se a dizer: "Sinceramente não entendi o que queria. Foi confuso. Tive uma relação muito simples com ele."

Não entendeu?

Questão de língua? Ou de de línguas?

Esclareçam.

O inglês «técnico» dá sempre jeito em certas alturas.

O outro.....

«Se existe, como dizem que existe - eu não conheço - um e-mail de um filho do meu tio para o Freeport reclamando uma qualquer vantagem para si invocando o meu nome, considero isso um abuso de confiança. E considero que essa invocação é completamente ilegítima e inadmissível», afirmou o primeiro-ministro.

in Diário Digital



Cada família terá as suas ovelhas, umas tresmalhadas outras ranhosas.
Mas são sempre da família.
Uns poderão ser filhos naturais, outros bastardos e outros nem tanto.
Mas serão filhos.
Desconhecíamos a existência do FILHO DO TIO!!!
O filho de um tio não será primo?
Então o que será?
Detalhe realmente infeliz.
Se fosse um irmão em vez de um primo, seria desagradável seguir o critério e chamar-lhe filho do pai. Ou da mãe.
Os parentescos andam mesmo fora de moda, quando convém.

Quem explica?



Uma ex-secretária da Smith & Pedro declarou em 2005 à polícia, ter ouvido Manuel Pedro dizer "O Sócrates já tem os 400 Mil e os outros 100 Mil sabe-se lá quem os recebeu".

Em 2007 alterou o depoimento dizendo que não ouviu o nome de Sócrates.

Será verdade?
O MP (Ministério Público) que diz? E a Judiciária? E já agora o PGR?
Tudo muito calado...
Calados de mais, para o meu gosto!!!

A neve na Guarda
























segunda-feira, janeiro 26, 2009

Os salvados


Banca salva Berardo da falência!!

Joe Berardo foi salvo pela banca quando três das quatro instituições a quem devia dinheiro pela compra de mil milhões de euros em acções do BCP (com menos-valias de 800 milhões) aceitaram uma renegociação altamente favorável ao investidor.
A Caixa, o BCP e o BES (a excepção foi o Santander) aceitaram prolongar o prazo de pagamento do empréstimo e tomaram como garantia 75% da entidade que gere a colecção de arte, além de outros activos do empresário madeirense.
O conjunto destes bens não deverá, no entanto, cobrir mais do que cerca de metade da dívida.

Enquanto uns são salvos pela Banca, segundo notícia do Expresso, outros são «atirados» para o desemprego, com a falência de centenas de empresas.
É a Banca ao serviço dos poderosos com o aval do Estado.

Os sobrinhos

Da nossa memória de infância ficaram os sobrinhos do Tio Patinhas: Huguinho, Zezinho e Luisinho.

Hodiernamente, temos os «novos» sobrinhos.

Uns são sobrinhos taxistas e outros são sobrinhos fregueses de um frete de publicidade.

Tudo questão de tios, uns patinhas outros armados em patos bravos.
A capoeira dá para TUDO.

Só é enganado quem quer


Li aqui o artigo que passo a transcrever:


"Esta crise não pode ser resolvida recorrendo aos princípios, às práticas e às políticas que a provocaram. Nada deve ficar como dantes."

in PS: A força da Mudança
Moção ao XVI Congresso do PS


Já se sabia que esta crise foi ouro sobre azul para o Governo:

1. Permite misturar a crise de emprego e crescimento que já vinha de trás com a crise financeira, permitindo chutar as responsabilidade para outros cantos da Europa e do Mundo.

2. Permite justificar medidas populares (e o seu carácter temporário?) em ano de eleições, protegendo o Governo das acusações de eleitoralismo.

3. Permite atirar as responsabilidades da política económica nacional e internacional para a direita, como se o PS tivesse andado a remar contra a maré.

A moção não engana.

O Congresso do PS será um remake de um filme antigo: a reconciliação com a base do Partido, a vitória da "ala esquerda", a "renovação da esperança", etc.

A mensagem para os eleitores é clara: Em 2009, voltem a acreditar!

Mesmo assim, não se pense que a moção assume a mais pequena dimensão auto-crítica em relação a quatro anos de deriva ideológica. Nem mesmo um bocadinho pequenino. São 25 páginas de propaganda e contentamento...

Com efeito, o mais extraordinário nesta moção é o desplante com que o Primeiro-Ministro de Portugal, que governou com maioria absoluta durante quase quatro anos e alinhou com tudo o que foi política económica europeia, volta fresquinho como uma alface e fala como se tivesse andado (como andaram muitos) a bradar no deserto.

"Nada será como dantes."

«O mundo acaba de assistir à clamorosa derrota do pensamento político neoliberal. A ideologia do mercado entregue a si próprio, sem Estado nem regulação capaz, e a especulação desenfreada nos mercados financeiros são os responsáveis principais pela profunda crise que se abateu sobre toda a economia mundial».

Parece uma revisão em baixa das expectativas do «socialismo moderno» no capitalismo real. Que linguagem radical! Gostaria tanto de acreditar que daí irá sair alguma coisa diferente na governação.

Faz lembrar o famoso mural pintado durante a invasão de Praga: "Ivan, quantas vezes nos vais libertar?"

Ou seja, em português claro:«à primeira todos caem; à segunda só cai quem quer e à terceira caem os BURROS

As palavras




«O problema não é salvar Portugal, é salvarmo-nos de Portugal»
Jorge de Sena



«É óbvio que [ao capitalismo] não interessa que toda a gente morra à fome porque aí desaparecem os consumidores. Basta que as pessoas tenham dinheiro para comprar Coca-Cola, hamburgueres e discos da Britney Spears.»
Robert Wyatt

domingo, janeiro 25, 2009

Deixem passar a família


Primeiro o tio, agora o primo.
Depois há-de vir a prima, a «titi» e o canário, a tartaruga e principalmente o rato.
Havemos de lá chegar, não demora!!
Já houve afirmações numa quinta, um comunicado na sexta e depois o primeiro-ministro convocou os jornalistas para voltar a falar sobre o Freeport.
Quando se repete muitas vezes o mesmo, alguma coisa se esconde.
Será?

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Nós por cá ...... mais pobres


Os Guardenses estão a ser, cada vez mais, espoliados da coisa pública.
O património que nos foi legado pelos nossos antepassados está, escandalosamente, a ser desbaratado e DOADO a terceiros.
É um verdadeiro atentado à memória de um povo.
Aconteceu com o túnel de acesso a um centro comercial; aconteceu na permuta de terrenos do bairro das Lameirinhas; aconteceu com os passeios que se transformam em esplanadas para cafés; acontece com o mercado municipal, com o centro de camionagem e com todos os terrenos envolventes, ou seja aconteceu e acontece com o beneplácito régio de um executivo camarário incompetente e desleixado.
Agora, é a venda de dois lotes para construção na Avenida Monsenhor Mendes do Carmo.
O terreno foi adjudicado pela Câmara da Guarda, por ajuste directo, à proprietária do Hotel Vanguarda por pouco mais de 86 mil euros, uma decisão ratificada pela maioria socialista do executivo.
Inicialmente, a base de licitação era de cerca de 531 mil euros, mas baixou à segunda tentativa de venda para 86.280 euros. O presidente do executivo, Valente, justificou esta redução com uma avaliação cuja base era a alienação em hasta pública, pelo que o valor inicial tinha sido calculado em função da legislação e não do mercado.
Mas que explicação mais inverosímil e estapafúrdia.
Explicação própria e usual das negociatas PS. A coisa fez escola, pelas bandas do Largo do Rato e tem os seus tentáculos por todo o País.
Mas, se a alteração do valor do terreno é, já por si, abusiva e nada conspícua com os reais interesses dos Guardenses, que dizer do facto dos cofres da Câmara virem a ser lesados, ainda mais, pelo pagamento do imposto sobre o diferencial da avaliação patrimonial (209 mil euros) em relação à venda, feita por 86 mil.
GRANDE NEGOCIATA!!!
INCOMPETENTES.
Quem lucrou com este negócio de «luvas e colarinhos brancos»???
Os Guardenses de certeza que não, está bem de ver.

Tio de Sócrates recebe visita da Polícia Judiciária


A casa e as empresas de Júlio Carvalho Monteiro, empresário e tio materno de José Sócrates, bem como o escritório de advogados de Vasco Vieira de Almeida foram hoje alvo de buscas, no âmbito do ‘caso Freeport'.
Ler aqui: Sol
Só que cuidado, parece que o Sol está a pagar a factura de ter publicado umas notícias sobre o caso Freeport.
Quem se mete com o PS... leva. Ou leva com Santos Silva, ou leva com um banco.
Com o frio que por cá faz, umas luvas «sabem» sempre bem e, dão jeito às frieiras (s. f.,
inflamação com inchaço e prurido produzida pelo frio; vento frio e persistente; pessoa comilona).

Um entre pares

Este não foi avaliado.
Não precisou de concorrer a titular mas ...... é da casta dos privilegiados.
Que posição terá sobre o Estatuto do Professor e da Avaliação?
Será dos que, como os outros, abandonam a sala ou votam a favor?

As borgas


Depois das viagens a Lisboa de uns incautos cidadãos, enganados com uma visita à capital e onde participaram nos festejos da «vitória» do Costa do Castelo; depois de outros velhinhos serem levados a Fátima e a outras romarias e procissões, eis que os Presidentes de Junta, de Penafiel, foram «à borla» a Paris.
Não se sabe é se o insigne presidente da Assembleia Municipal de Penafiel, António Bernardo Aranha Gama Lobo Xavier, também participou na excursão.
O que foram os autarcas fazer a França?
Ora, os 38 presidentes de junta foram «desejar bom ano» ao autarca de Sainte-Geneviève-de- Bois, cidade dos arrabaldes de Paris e, geminada com Penafiel.
Segundo um vereador da câmara de Penafiel, os voos custaram 14 886€, valor que, diz o putativo vereador, não «pesa» no orçamento, só isso!!!
Em tempo de crise, quem pesa, de facto, são parolos como este vereador que gastam a seu belo prazer o que não lhes pertence e, pior, prejudicam e comprometem gravemente o desenvolvimento do País.
Que diz a tudo isto o senhor Santos e o Tribunal de Contas?
Calam!!!
Não há pachorra.

A ordem é não faltar



PS lembra que hoje os deputados têm de ir trabalhar.

PS obriga os deputados a não faltarem pois, se um, só um faltar, e TODOS os outros votarem SIM, o caldo sai fora do tacho.


quinta-feira, janeiro 22, 2009

Os tachos


O hospital de Angra do Heroísmo, nos Açores, abriu concurso para enfermeiros.
Até aqui tudo NORMAL.
Houve candidatos que enviaram TODOS os documentos solicitados, pela abertura do concurso.
Tudo NORMAL.
Mas, o que alguns dos candidatos se «esqueceram» foi de enviar, para além dos certificados da licenciatura, o certificado do 12.º ano.
NORMAL???
Quem tem uma licenciatura não terá de ter realizado o 12.º ano?
Será que há por aí alguém que não?
Pois....
Dizem, os serviços do hospital, que o certificado do 12.º ano era para servir de desempate!!!!
Desempate???
Mas, porque não pediram o exame da 4.ª classe (4.º ano) ou mesmo a frequência no pré-escolar?
Querem chamar burros a quem???
Idiotas, pantomineiros e bacocos.
Porque não utilizam o método de alguns serviços, câmaras e demais empregadores do aparelho partidário?
Admitem pessoal pela porta do cavalo ou da égua.
Depois, fazem concurso INTERNO com destinatários telecomandados.
Dúvidas???
Nenhumas.
TACHOS & TACHOS a firma, com maior sucesso, no reino do caldo.

O padreca

João Cravinho, ex-ministro do governo de Guterres, acusa José Sócrates de se ter esquecido da vida interna do PS e lamenta que quem levante a voz dentro do partido seja considerado um indivíduo perigoso. Quanto ao Fórum Novas Fronteiras, um espaço de debate promovido pelo PS, Cravinho considera-o "uma missa, ainda por cima já esgotada" e um "simulacro de participação".
Actual administrador do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento - cargo que foi ocupar depois de abandonar o parlamento devido ao incómodo que as suas propostas sobre combate à corrupção causaram a Sócrates - João Cravinho considera que existe, actualmente, falta de democracia interna no PS e acusa Sócrates de se ter esquecido da vida interna do partido, na moção que vai apresentar ao Congresso.
"Do ponto de vista do Partido Socialista, da discussão, da característica intrínseca do PS, da sua vida interna, aí a moção de José Sócrates é omissa" afirma Cravinho.

E a missa terá sacristão?

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Afinal de quem é a culpa?


Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados:

* Desde o desaparecimento de Madeleine,
* Ao caso Casa Pia.
* Do caso Portucale
* À Operação Furacão.
* Da compra dos submarinos
* Às escutas ao primeiro-ministro
* E, às escutas ao Procurador Geral da República (PGR)
* Do microfone escondido no gabinete do PGR
* Ao caso da Universidade Independente
* E ao caso da Universidade Moderna
* Dos clubes de futebol
* E aos crimes de que é acusado o Sr. Vale de Azevedo
* E aquelas irregularidades (crimes de colarinho branco) no Millennium ?
* E aquelas irregularidades (crimes de colarinho branco) no BPN ?
* Apito Dourado
* Da corrupção dos árbitros
* À corrupção dos autarcas
* Às casas do Sócrates na Guarda
* De Fátima Felgueiras
* A Isaltino Morais
* Da Braga parques
* Ao grande empresário Bibi
* Das queixas tardias de Catalina Pestana
* Às de João Cravinho
* Do abate dos sobreiros
* As operações imobiliárias da Obriverca
* Da construção de uma vivenda dentro do centro histórico da Guarda
* Às alterações dos PDMs para beneficiar construtores.
* Às acusações feitas por Marinho Pinto bastonário da Ordem dos Advogados e que o Ministério Público prometeu investigar.
* Dos doentes infectados por acidente e negligência com o vírus da sida?
* Do jovem electrocutado no semáforo
* Do outro afogado num parque aquático?
* Das crianças assassinadas na Madeira
* Do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
* Do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
* Da jovem desaparecida na Figueira?
* E de todos os outros desaparecidos.
* As famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente 'importante', do futebol, milionários, políticos, onde estão?
* Os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran
* Os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
* O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
* E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência?
* E o caso Freeport de Alcochete?
* E a distribuição aos amigos das casas da Câmara de Lisboa.
* E tantos, tantos outros.......

Pois é... a justiça portuguesa está de Parabéns! Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.
Prenderam um jovem que fez um download de música ...
YEAAAAAAAAH!... VIVA!!!!
Primeiro português condenado à prisão por pirataria musical na Internet!...
O Indivíduo poderá passar entre 60 a 90 dias atrás das grades por ter feito o download e partilhado música ilegalmente com outros utilizadores!...

Confirmam-se as declarações do Bastonário dos Advogados:'O Ministério Público é muito forte com os fracos e muito fraco com os fortes', afirmou.
'Existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e andam por aí alguns impunemente a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade, sem haver mecanismos para lhes tocar. Alguns até ocupam cargos relevantes no aparelho de Estado português, ostensivamente', afirmou Marinho Pinto, citado pelos jornais portugueses.
Segundo afirmou, 'o fenómeno da corrupção é um dos cenários que mais ameaça a saúde do Estado de direito em Portugal'.

Parabéns!!!
O que faltava mesmo, era um ex-destacado elemento da Judiciária ser candidato, pelo PSD, à câmara de Lagos.
Que mais irá acontecer?
Que outros anúncios por aí vêm?

terça-feira, janeiro 20, 2009

Acéfalos

Que uns quantos acéfalos façam a propaganda que lhes dá na real gana; e que outros tantos lhes sigam as putrefactas ideias, é só com eles.
Agora que queiram fazer dos outros bacocos, ALTO E PÁRA O BAILE.
Vem tudo a propósito do casamento, entre as federações de futebol, de Espanha e Portugal, sobre a candidatura a um Mundial de futebol.
Raramente falamos aqui no tema, mas a paciência tem LIMITES.
Todos sabemos o que foi a propaganda futebolística, os gastos em estádios e outras mordomias eleitorais, num Europeu, que diziam, ia SALVAR O PAÍS DA CRISE.
Lembram-se do efeito RETORNO?
Ora, no que deu toda a propaganda?
Estádios às varejeiras, «alugados» a particulares e com custos que as autarquias não suportam, e que faz aumentar a DÍVIDA PÚBLICA.
Ao invés, perdeu-se e perde-se a oportunidade para INVESTIR na FORMAÇÃO.
O País não PODE nem deve ir em folclores de música pimba, com os acordes de uns mestres em pedantismo, lambe-botas e parasitas sociais que não sabem fazer mais NADA que vender ilusões e COMPRAR acções para uma vida regrada às custas dos outros e, no final gozarem uma reforma dourada.
Basta de INCOMPETENTES E TRAPACEIROS.
Aqui e agora, somos contra a santa aliança luso-castelhana de mundiais de berlindes, quanto mais de futebóis.
Quem os quiser fazer que os pague do seu bolso; bolsos e bolsas de chocos que, de tanta tinta sujam e conspurcam tudo.

Manifestação de Professores

Manifestação de Professores ontem na Guarda.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Hoje houve greve de professores e....

Hoje lembrei-me de Sebastião da Gama.

Sem Título

Nasci p'ra ser ignorante
Mas os parentes teimaram
(e dali não arrancaram)
em fazer de mim estudante.

Que remédio? Obedeci.
Há já três lustros que estudo.
Aprender, aprendi tudo,
mas tudo desaprendi.

Perdi o nome às Estrelas,
aos nossos rios e aos de fora.
Confundo fauna com flora.
Atrapalham-me as parcelas.

Mas passo dias inteiros
a ver um rio passar.
Com aves e ondas do Mar
tenho amores verdadeiros.

Rebrilha sempre uma Estrela
por sobre o meu parapeito;
pois não sou eu que me deito
sem ter falado com ela.

Conheço mais de mil flores.
Elas conhecem-me a mim.
Só não sei como em latim
as crismaram os doutores.

No entanto sou promovido,
mal haja lugar aberto,
a mestre: julgam-me esperto,
inteligente e sabido.

O pior é se um director
espreita p'la fechadura:
lá se vai licenciatura
se ouve as lições do doutor.

Lá se vai o ordenado
de tuta e meia por mês,
Lá fico eu de uma vez
um Poeta desempregado.

Se me não lograr o fado,
porém, com tais directores,
e de rios, aves e flores
somente for vigiado.

Enquanto as aulas correrem
não sentirei calafrios,
que flores, aves e rios
ignorante é que me querem.

A Guarda - formosa


A Guarda tem as suas belezas ..... naturais, por isso o epíteto «light» de Formosa!!!
Mas, de igual modo, surgem aqui e ali novas obras de rara, diríamos mesmo, de raríssima beleza que fazem inveja a um qualquer arquitecto de renome mundial.
São «obras» que ficarão na história da arte mundial, rivalizando com o famoso rococó que, como se sabe ficou conhecido como "estilo regência", que reflectia o comportamento da elite francesa de Paris e Versailles, empenhada em traduzir o fausto e a agradabilidade da vida.
Ora, é precisamente o mesmo fausto que a «art nouveaux de La Guarda», como já é conhecida, faz escola em terras da Ribeirinha.
Sim, porque Ribeirinha é o café que «construiu» a esplanada aqui apresentada.
Obra de invulgar beleza, com uma alegria na decoração carregada, na teatralidade, na refinada artificialidade dos detalhes.
Atente-se, por exemplo, na grade circundante da arena. Faz lembrar coreto de jardim, do passeio público, do século XVIII.
E que dizer do pormenor da «boca de incêndio»? Lembra marco de estrada.
Mas, não só de alegria se pode falar quando se observa tal obra; existe, igualmente, uma forte alegoria sublimada no enquadramento paisagístico.
A «esplanada» está localizada na eira da Praça Velha, mesmo em frente da Sé, tem por perto o seu guardião «natural» - D. Sancho. Claro, só podia mesmo a amante Ribeirinha ter por perto o seu real senhor.
Pormenor importante a reter!!!
Aliás, o «vizinho» clérigo também a irá, certamente, usar como púlpito das celebrações eclesiásticas.
Deste modo, o enquadramento seria, ainda mais vincadamente, alegórico.
O aluguer do espaço para as festividades religiosas e com direito a uma bebida na Ribeirinha.
O profano e o religioso em concordata perfeita.
Formosa, mas não segura, a Ribeirinha.

Mais um caso para o lixo

Como sempre, em Portugal, casos destes só têm um caminho: cesto dos papéis.
Alguém duvida?
A corrupção compensa no país do ananás regado com vinho do Porto.
Offshores para que vos quero.

domingo, janeiro 18, 2009

As semelhanças

Um foi ministro de Cavaco, o outro ministro de Guterres.
Um esteve ligado aos perdões fiscais, o outro foi demitido do governo.
Um foi funcionário de um banco, o outro também.
Um está preso.
O outro sobe na vida - é administrador do BCP.

O desastre TOTAL



Défice vai subir para 3,9%.

O Desemprego vai atingir os 8,5%.

Alguém acredita nestes números?

O desastre vai ser bem pior e incontrolável, só não vê quem não quer.

Culpados: SÓCRATES E O PS que mentiram aos portugueses.

Ainda no no debate quinzenal no Parlamento, numa resposta sobre as taxas de juro praticadas pelo BPN, Sócrates disse que o banco nacionalizado está a praticar taxas semelhantes aos restantes, mas o site do banco está a anunciar taxas que são o dobro das da Caixa Geral de Depósitos.

MENTIROSOS.

O educador

Já não há pachorra para tanta incompetência.

Minudências


Do largo do Caldas passando pelas Caldas houve minudências!!!

Já agora o significado: «do Cast. minudencia. s.m., minúcia; minuciosidade; pormenor

Agora se percebe como as figuras de Bordalo Pinheiro estão em risco de desaparecer; questão de minudências.

sábado, janeiro 17, 2009

Protecção de quê?

Este ano, o Inverno já contemplou a Guarda com cinco nevões.
Mas, se é bonito de ver, o pior são os problemas para as pessoas, quer peões quer automobilistas.
Um dos últimos nevões aconteceu numa sexta-feira, ao final da tarde, quando muita gente saía do trabalho e os alunos regressavam a casa.
O resultado foram ruas congestionadas e muita chapa batida em muitas vias, algumas das quais continuaram fechadas ao trânsito no sábado.
No meio do caos, os bombeiros voluntários da Guarda foram a única ajuda.
Só no intervalo de duas horas receberam 35 chamadas de auxílio.
Os bombeiros tiveram ainda que ajudar ambulâncias a chegarem ao Hospital Sousa Martins, além de retirarem veículos imobilizados na via que estavam a impedir o normal funcionamento do trânsito.
E a Protecção Civil onde estava?
Houve ruas que se mantiveram intransitáveis durante todo o fim de semana. Só se conseguiu circular no domingo dado que as condições atmosféricas melhoram. Mas só por isso e não pela intervenção da dita Protecção civil.
Quanto aos passeios, um verdadeiro calvário para quem ousou sair de casa a pé.
Pergunta-se: para que serve uma protecção civil?
Dizem que não existem meios suficientes para acudir a uma situação vivida, pelos guardenses, nessa invernosa sexta-feira.
Mas, se não há equipamentos, então há incompetência na aquisição dos meios;
Em termos rodoviários, a circulação esteve interrompida a partir da Guarda para Almeida e Pinhel, bem como na estrada municipal até à aldeia de Videmonte.
Também a A25, que liga Vilar Formoso a Aveiro, esteve cortada cerca de três horas entre os nós da Guarda e Celorico da Beira.
Um cenário dantesco e indescritível.
Na segunda-feira, a seguir ao nevão, ainda havia ruas com gelo que impossibilitaram, os cidadãos da Guarda de chegar a tempo às aulas e ao trabalho.
Mais uma vez, onde andava a Protecção Civil?
Um exemplo foi a rua que dá acesso a uma escola do 1.º ciclo (na foto), Santa Zita e utilizada por centenas de alunos e pais.
Será que é preciso lembrar à Protecção Civil que a escola de Santa Zita possui uma Unidade de Alunos Multideficientes e que os acessos estão sempre condicionados pelo gelo?
Como sempre, esquecem-se que a maioria dos pais vão a pé com os filhos, para as escolas e não possuem os 4x4 de certa «fidalgaria», para chegarem às escolas e aos empregos.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

As frases da semana


O asinário da semana ficou bem composto, pelas frases de alguns politiqueiros de chinelo.
Logo no início da semana, tivemos o «vitinho» do Banco de Portugal, com a célebre frase:« não podemos descer os impostos porque depois não sabemos quando os pudemos aumentar».
Brilhante «vitinho»!!
Nem um aluno do 1.º ciclo teria dito melhor.
E que dizer da célebre «tirada» do Jardim, que a uma pergunta de Mário Crespo sobre o «circo» no PSD, contrapôs com: «mas quem é esse Pedro Passos Coelho? ah, já sei o rapaz que anda a ser promovido pelo Ângelo Correia?».

Assim vai a flor de estrume, politiqueiro deste País, à beira-mar plantado.
Só mesmo uma chuva de excremento, em cima desta porca maltrapilha.

Propaganda


O executivo da Câmara da Guarda já iniciou a campanha eleitoral.
Desta vez, começou pela distribuição de livros pelas escolas (algumas!!) do 1.º ciclo.
Segundo o site oficial, o Presidente da Câmara, distribui livros às Bibliotecas Escolares da Guarda. Às escolas do Bonfim, Adães Bermudes, Augusto Gil, Escola da Santa Zita, Lameirinhas e Guarda-Gare
Tudo escolas da cidade.
Mas, então e as crianças das escolas fora da cidade?
Não têm direitos?
Os pais dessas crianças não pagam impostos como os da cidade?
Percebido.
Foram, segundo consta, distribuídos 1200 livros.
Agora(?) «(...) as crianças passaram a dispor de mais livros para poderem desfrutar do prazer da leitura e da descoberta de novas aventuras», segundo o serviço de propaganda da câmara.
Qual a próxima inauguração (aparição)?

quinta-feira, janeiro 15, 2009

É o vinho


















A Câmara Municipal da Guarda, atente-se no sublinhado, «recebeu» esta semana a visita de um número considerável de «Smarts», com a publicidade ao Douro vinhateiro.
Pergunta-se:
- Que faziam aqueles «carrinhos de feira» no pátio da Câmara?
- A Câmara da Guarda alugou o espaço? Por quanto?
A não ser verdade, o aluguer do espaço, onde estava a polícia para multar aqueles intrusos?
Ou as leis são só para alguns cumprirem?

Segundo o site da Câmara da Guarda, a autarquia recebeu os “embaixadores de “O Douro Está a Passar por Aqui!” e votou, o executivo, para Douro a Maravilha da Natureza.
Esta iniciativa, divulgada aqui, é composta por uma caravana de 22 “Smarts” que representam os 19 municípios que integram a área de intervenção do Turismo do Douro.
Ou seja, «O Douro passou por cá» com os altos patrocínios dos donos das quintas, de cá e de lá.
Na Régua há muitas quintas.......já se sabia. Algumas com propriedade registada.
Na foto «oficial» aparece o presidente, com os seguintes cargos:
  • Administração Geral (Planeamento Estratégico)
  • Equipamento Rural e Urbano
  • Transportes e Comunicações
  • Protecção Civil
  • Cooperação Externa
  • Promoção e Desenvolvimento
  • Ordenamento do Território e Urbano
  • Presidente do Conselho de Administração da Guarda Cidade Desporto E.M.
  • Presidente do Conselho de Administração da Culturguarda, E.M.
e a vereadora, com as mãos nos bolsos, vá-se lá saber porquê, com os cargos:
  • Ambiente e Saneamento Básico
  • Defesa do Consumidor
  • Turismo
  • Presidente da CPCJ - Comissão de Protecção de Crianças e Jovens
  • Vogal da Culturguarda, E.M.
  • Gerente do Hotel Turismo da Guarda, Ldª
  • Presidente da Assembleia Geral do CEI
  • Representante da Câmara na AM Cova da Beira
  • Representante da Câmara na Pró-Raia
  • Vogal do SMAS
Para mais tarde recordar!!!