
quarta-feira, dezembro 31, 2008
A mentira feita verdade

Aforismo da vela

Dúvida existencial

Nem os amigos acreditam nele

terça-feira, dezembro 30, 2008
Cavacos a arder

domingo, dezembro 28, 2008
BPN: MP pediu informações ao Banco de Portugal sobre o Insular em 2004
Asininos

Com a febre consumista do Natal, chega igualmente a epidémica corrida aos enfeites.
São as varandas com as luzes pindéricas do «pisca-pisca»; o pai natal pendurado numa parede, como se de um bate-sornas se tratasse; ou o pinheiro de plástico, comprado na loja do chinês, e colocado numa qualquer marquise.
Uma casa portuguesa, com certeza.
Mas, as câmaras municipais não querem, não desejam ficar sem enfeitar as ruas, por mais buracos que as mesmas apresentem; por mais degradados que os passeios se encontrem, aí estão as luzes das «festas», para dar aspecto, aos menos atentos, que tudo está bem tratado e cuidado.
Mas se o engano é conseguido com mais ou menos lâmpadas, mais ou menos enfeites, já a despesa que todos os munícipes têm que pagar, é factor de preocupação, nomeadamente, numa altura dita de CRISE e de ENDIVIDAMENTO.
Só para se ter uma ideia, de quanto é gasto, por algumas autarquias, só em enfeites, aqui ficam alguns dados:
- Aveiro: 30 000€; 20 ruas iluminadas;
- Castelo Branco: 18 000€; 15 ruas iluminadas;
- Portalegre: 32 000€; 15 ruas iluminadas;
- Vila Real: 40 000€; 20 ruas iluminadas;
- Guarda: 70 000€; 10 ruas iluminadas;
Atente-se que as gambiarras vão estar acesas desde finais de Novembro até …….6 de Janeiro; grande arraial não haja dúvidas.
E, já não falamos nos milhares e milhares de cartões de «boas festas» que são enviados, todos impressos em papel de alta qualidade!!
Não conhecem ou fazem por não conhecer uma outra forma mais simples, barata e ecológica de enviarem as ditas «boas festas» por correio electrónico.
Depois.........
Arrota pelintra!!!
Já agora, outra constatação evidente, quanto mais pobre, endividada e atrasada socialmente a autarquia, mais e mais se gasta em enfeites e nos cartões.
Pedantismo!!!
Pobreza de visão estratégica e de prioridades, é o que é nesta asinina gestão camarária.
Venham os empréstimos, mais e mais, que a «festança» dá para coçar a «pança».
É a crise, ESTÚPIDO

Segundo os responsáveis do IPG, o Ministério da Ciência e Tecnologia só vai transferir, cerca de 90% do orçamento necessário para o bom funcionamento da instituição.
Assim, prejudica-se o ensino com a dispensa dos docentes em «defesa» dos apoios aos banqueiros; é o bobear do governo de Sócrates dito de «socialista».
sábado, dezembro 27, 2008
O retrato do «novo» Dorian Gray

O narcisismo com que Sócrates se glorifica; se pavoneia com artifícios e enfeites que o travestiam de árvore de natal, sem lugar para um qualquer sapatinho; que loucamente se apaixona por tudo quanto produz e, principalmente, faz pensar que produz bem.
Mas, só faz pensar aos incautos.
E, dias depois, o mesmo narciso vem dizer que afinal 2009 já não será tão GRANDE mas, apenas e tão só, uma GRANDE ....... CRISE.
sexta-feira, dezembro 26, 2008
A diferença

terça-feira, dezembro 23, 2008
Afinal sempre fecham!!!!

Afinal, os Serviços de Atendimento Permanente (SAP) do distrito, assinalados há mais de um ano, pelo Ministério da Saúde deverão encerrar no primeiro semestre de 2009.
Esta é a «prendinha» de Sócrates, para as gentes do Interior.
Claro, apoio e incentivos pois então!!!
Mas, em troca a região passará a dispor de um helicóptero(?), sediado em Aguiar da Beira.
Ou seja, como se um helicóptero, ainda por cima sediado em Aguiar da Beira, fosse a solução do encerramento dos SAP´s!!!
Só mesmo de um governo medíocre.
Por acaso saberá a ministra da saúde onde fica o concelho de Aguiar da Beira?
Pegue num mapa e veja a localização!!!
É que para além de incompetente na área da saúde, a senhora ministra não sabe mesmo nada de geografia, quer física e muito menos humana e social.
Mas, são as Novas Oportunidades, pois então!!!
E o clima?
Saberá igualmente a putativa ministra como é o clima no distrito da Guarda?
Saberá a douta ministra que nem sempre há condições (atmosféricas) para o helicóptero levantar voo?
Mas, quem levanta voo é a política de saúde da ministra e do governo de Sócrates.
Já agora, que dizem a TUDO isto os autarcas do Ps e principalmente os deputados(?) eleitos pelo distrito, na Assembleia da República?
NADA, como de costume.
Grande trabalho e canseira isto de ser deputado (ausente).
Petição europeia pelos serviços públicos

Na petição é referido que os serviços públicos são essenciais para a coesão social, económica e regional na Europa e que urge encontrar soluções diferentes para o desenvolvimento dos serviços públicos.
Assim, apela-se à Comissão Europeia que proponha legislação europeia para os serviços públicos visando:
"- Dar prioridade ao interesse geral, consubstanciado nos serviços públicos;
- Garantir que toda a população tenha acesso aos serviços públicos;
- Reforçar os serviços públicos de forma a garantir os direitos fundamentais dos cidadãos;
- Garantir mais segurança legal, de forma a permitir o desenvolvimento sustentável das missões dos serviços públicos;
- Confiar aos serviços públicos uma base legal sólida e, deste modo, imune em relação aos ataques ideológicos do mercado livre."
A petição já recolheu 527485 assinaturas a 20 de Dezembro de 2008 e os promotores pretendem atingir um milhão de assinaturas.
sábado, dezembro 20, 2008
Carta aberta a Sócrates

Venho protestar veementemente através de Vª Exª pelo nome dado ao computador que os vossos serviços resolveram distribuir aos meninos deste país (os que sobrarem do seu negócio com o Hugo Chavez na troca do petróleo, bem entendido).
Eu, Pedro Carvalho de Magalhães, nunca mais poderei usar a minha assinatura sem ser indecentemente gozado pelos meus colegas de trabalho.
Uma coisa tão simples como perguntar as horas e a resposta que recebo é:
- «Atão» Magalhães... Vai ao Google...
Se vou à máquina de preservativos, há sempre uma boca dum colega:
- Para quê, Magalhães? Não te chega o anti-vírus?
Se vou ao dentista, a recepção é sempre a mesma:
- Então o senhor Magalhães vem limpar o teclado...
A minha mulher, Paula Carvalho Magalhães, também sofre pressões indescritíveis no emprego: Ontem uma colega veio da casa de banho com um tampão na mão e gritou:
- Paula.... Esqueceste-te da tua pen!
Também o ginecologista não resistiu ao nome e, após a consulta, disse-lhe que tudo estava bem com as entradas USB!
Nem o meu filho, escapa ao gozo que o nome veio provocar.
- Magalhães.... Vou à Staples procurar outro que a tua pen é muito pequena!
Quando, devido a tudo isto, apanhei uma tremenda depressão que me impediu de trabalhar, fui ao psiquiatra.
- Pois é, senhor PC Magalhães. Aconselho-o a contactar o suporte técnico podem ser problemas de memória RAM!
Neste momento a minha mulher quer desinstalar-se e procurar alguém que tenha um nome 'decente'.
Senhor Primeiro Ministro... porque diabo não puseram Sócrates a esse maldito computador? Queria que o senhor visse o que custa!
Atenciosamente, assina
Pedro Carvalho M. (e não me perguntem o que é o M)».
O novo regime proposto pelo governo para a gestão dos bens públicos

Encontrar o "equilíbrio entre protecção e rentabilização", por forma a garantir "uma autêntica comercialidade de direito público" que responda às "novas exigências económicas e sociais que apontam no sentido da rentabilização do domínio público" e de uma "riqueza colectiva a explorar".
As citações que acabei de ler não são da minha autoria. Fazem parte do preâmbulo do novo regime jurídico dos bens públicos proposto pelo Governo. As intenções demonstradas pelo resto do texto são ainda mais perturbantes.
Que ninguém tenha dúvidas. Com esta lei, estará oficialmente aberta a corrida à gestão, aluguer ou aquisição privada do património público, incluindo os principais monumentos e emblemas nacionais.
Já sabíamos que, sempre que possível, a doutrina do governo é entregar a gestão dos recursos públicos à gestão privada. Que concessiona o futuro desses serviços a empresas que os vão gerir quase até ao fim do século. Mas, o que nunca pensávamos que fosse possível, e daí o espanto perante esta proposta de lei, é que o Governo tivesse o desplante e o topete de se lembrar de privatizar o passado e a memória histórica de uma nação e de um povo. É isso, e nada menos do que isso, que está em causa.
Ao estabelecer a dissociação entre propriedade e poderes de domínio, esta proposta propõe a submissão do "património público à propriedade privada, mas mantendo sobre ele um vínculo real de destinação pública". Por outras palavras. O Estado continua a definir os monumentos e edifícios que são merecedores de serem encarados como património público, independentemente de serem propriedade pública ou privada.
Em declarações a um jornal diário, José Aguiar, presidente de um organismo consultor da UNESCO, reconhece que o mote desta lei é "alienar" o património. É uma alteração de paradigma. O património histórico do país deixa de ser encarado como a memória histórica e simbólica de uma nação, mas como uma mercadoria como qualquer outra, transaccionável através dos normais mecanismos de mercado.
Se, como reconhece a própria lei, a gestão do património histórico passará a ser feita em nome das "novas exigências económicas e sociais que apontam no sentido da rentabilização do domínio público", cedo percebemos que esta proposta é a receita certa para o maior crime alguma vez efectuado contra a defesa da história e do património colectivo.
Sempre em nome do que o Governo define como a "riqueza colectiva a explorar", é só esperar o dia em que um ministro da cultura com mais jeito para o negócio se lembre de entregar a Torre de Belém a uma discoteca, os claustros dos Jerónimos para uma empresa fazer a exposição dos seus últimos cortinados, o mosteiro de Alcobaça a um hotel de charme e o Palácio da Ajuda, onde jaz um ministério falido e politicamente moribundo, a uma qualquer consultora de negócios privados.
Argumentará o Governo, e a bancada que o suporta, que os exemplos são disparatados e que ninguém de bom senso se lembrará de tal ultraje aos portugueses. Talvez. Mas as leis não devem ser redigidas a pensar no bom senso de quem as aplica mas nas possibilidades que entreabrem. E essas, preto no branco, são aquelas que aqui avançámos.
Se todo o texto é claro nas possibilidades de rentabilização económica proporcionadas pela alienação do património público, não deixa de ser merecedor da maior preocupação que a gestão do seu estatuto seja confiada a um ministério, como o da cultura, que o próprio ministro reconhece estar falido depois de sucessivos anos de desinvestimento e má gestão dos seus antecessores, como o actual ministro Augusto Santos Silva.
De acordo com o programa que o Partido Socialista levou a votos, o actual governo propunha "retirar o sector da cultura da asfixia financeira em que três anos de governação à direita o colocaram" e "reafirmar o sector como prioridade na afectação dos recursos disponíveis. Neste sentido, a meta de 1% do Orçamento de Estado dedicada à despesa cultural continua a servir-nos de referência de médio prazo."
Só que, com o PS, o orçamento para a cultura não subiu. Desceu e desceu muito. Não só nunca chegou ao 1% do produto, de que falava o programa eleitoral, como passou de 0,7 para 0,2%. Para quem ia investir na cultura, o seu orçamento é hoje três vezes menor do que há três anos e não representa mais de 20% do valor que o PS prometeu aos eleitores. Apesar da forte concorrência, poucas promessas do Governo se revelaram mais falaciosas que a do reforço do investimento na cultura.
E é este ministério, falido e sem relevância política, que vai gerir o estatuto dos bens públicos, incluindo os principais monumentos nacionais. O mais extraordinário é que o Governo ainda nos quer fazer acreditar que um ministério nesta penúria é uma entidade própria para resistir à pressão privada sobre os bens públicos mais apetecíveis. Eu sei que estamos em Dezembro, mas não nos peçam para continuar a acreditar no Pai Natal.
Esta proposta de lei tem que ser esquecida ainda antes de acabar a sua discussão pública e o Governo tem que ouvir as vozes e organizações que, de todos os quadrantes, se têm insurgido contra esta lei contra o património e a memória.
Fernando Rosas (Declaração na Assembleia da República, 18 de Dezembro de 2008)
quinta-feira, dezembro 18, 2008
Teatro de Porcos

Estrada do fim do mundo


terça-feira, dezembro 16, 2008
E a saúde?

segunda-feira, dezembro 15, 2008
O cabresto

«Isto é um beijo de despedida do povo iraquiano, cão»!!!
Foi assim que gritou o repórter iraquiano quando atirou os sapatos a Bush, na visita deste ao Iraque.
Qren

Em Outubro tinham-se cumprido 22 meses desde o início da vigência do QREN (iniciado em Janeiro de 2007), o que representa 26% da duração do Quadro de Referência Estratégico (até final de 2013).
Protecção de quê e de quem?
domingo, dezembro 14, 2008
Tachos & C.ª

sexta-feira, dezembro 12, 2008
O ideólogo

Foi sempre motivo de assombro que durante a sua infância, Bravo Nico não tivesse – como Napoleão, Chateaubriand ou Lord Byron – revelado a sua futura elevação de espírito e de carácter por alguma dessas estranhas precocidades que são como as faíscas inesperadas que saem de um fogo ainda incubado. Os seus primeiros anos são sem relevo e inteiramente incaracterísticos. Ele mesmo o reconhece com modéstia, quando diz, sorrindo: «–Como toda a gente, apanhei ninhos e fiz papagaios de papel... »
Chefe-de-fila

Uns dizem que os atrasos na PLIE devem-se única e exclusivamente à Câmara.
Na semana passada, um deputado socialista, na Assembleia Municipal, responsabilizou o "chefe-de-fila" da PLIE (o NERGA) pelos atrasos na estrutura empresarial.
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Contributos

Ineptos

É a economia, estúpido.

terça-feira, dezembro 09, 2008
Alterações de última hora

O deputado fantasma

sábado, dezembro 06, 2008
Golpada (Cont.)
O penso higiénico

sexta-feira, dezembro 05, 2008
Dívidas, até ao colapso?
Escrevo este artigo, entre dois acontecimentos que marcam a vida cívica das gentes do concelho da Guarda.
Um, indiscutivelmente, é o novo espaço de funcionamento da Biblioteca Municipal da Guarda que, após anos e anos de falências de empreiteiros, derrapagens financeiras, milhões de euros desbaratados vê, finalmente, o dia da inauguração consumado.
Espera-se e deseja-se que o espaço seja funcional, dê resposta às várias solicitações de todos quantos queiram usufruir do equipamento na sua plenitude. Que o espaço seja lugar de motivação para a leitura e investigação; que possibilite uma interacção entre a cultura e o desejo de adquirir conhecimento, em tempo útil. Que a Biblioteca desempenhe cabalmente a sua função, num espaço, horário e liberdade de opções de leitura e reflexão, são os desejos de todos quantos acreditam que o progresso se faz na simbiose de uma cultura e aprendizagem de qualidade.
2. A dívida como futuro.
Outro momento é a reunião da Assembleia Municipal da Guarda, ainda o local democrático, da discussão e confronto de ideias, propostas na prossecução do objectivo de se encontrar solução para os graves problemas que o concelho, teimosamente, vai continuando a debater-se sem que o almejado progresso chegue.
Discute-se, assim se espera, o desenvolvimento do concelho, nas suas vertentes mais preocupantes: o económico, o social e o humano (como se algum deles deixasse, em momento algum, de estar interligado e conjugado com o tempo e o modo de saber fazer, saber ser e saber estar.)
O momento é de preocupação. A dívida da Câmara, segundo fontes geralmente bem informadas, já vai bem perto dos 50 milhões de euros. Sobe a parada agiota a cada momento de meditação (eleição).
Mas, pasme-se o leitor, para a veleidade com que se anuncia, que há falta de liquidez financeira na tesouraria. Vai daí, recorre-se a mais e mais agiotas. E, lá se «pedem» mais 2 milhões de euros.
Mas, dívidas arrastam dívidas, vai daí, toca a pedir mais e mais.
Logo de seguida pede-se um novo empréstimo; este já de maior monta, pois a montada é de respeito e dá votos, na ausência de planeamento e de rigor sobra a incompetência.
Agora grita-se: “temos que ter acesso aos fundos comunitários”.
São perto de 4 milhões de euros, a pagar em 15 anos, ou seja, quem vier a seguir que apague as luzes. A incompetência da governação camarária rivaliza com a do governo. Há-de fazer-se o povo pagar – a bem ou a mal!
Pois é!
É aqui na micro economia das políticas orçamentais da câmara, como o é na macro da política nacional. Os exemplos circulam em vasos comunicantes, como se de um fluído se tratasse. Aliás, e em bom rigor, os chefes (deles), nacionais, dão-lhes os péssimos exemplos; orçamentos e opções de plano para época eleitoral que ajudem a enganarem o Zé-Povinho. Mas que, em rigor são falácias, mentiras e desenganos para quem esperava outro desempenho governamental, seja qual for o patamar da responsabilidade.
3. A Câmara tem uma responsabilidade social e democrática.
Manifestamente, uma empresa e uma câmara municipal são diferentes desde logo na função social, económica e jurídica. Uma, a empresa, tem um ou vários accionistas que investiram para obterem lucro. Desde logo, os administradores terão de prestar contas a quem os incumbiu de tal tarefa, mas, só respondem perante tais investidores que, supostamente, têm toda a legitimidade de os mandar «passear», se os objectivos não forem alcançados salvo, se forem banqueiros, aí a «coisa» já muda de figurante, o governo, a «bem da nação», salvará os ditos esbanjadores.
Já numa câmara, os eleitos democraticamente, devem gerir BEM, os dinheiros, os móveis e imóveis que são, não de alguns, mas de TODOS os cidadãos.
Aqui reside, desde logo, a principal diferença!
Mas, se socialmente DEVERIA SER ASSIM, no âmbito jurídico os eleitos devem prestar as justificações que os eleitores achem necessárias, para que legitimamente se conheça a razão das escolhas e, principalmente, a motivação das mesmas.
Não perceber tais diferenças é, no mínimo, desconhecer as regras democráticas de informar e prestar contas aos cidadãos.
Ser eleito (cada vez mais raro!) para qualquer órgão ou instituição, não é servir-se de, mas sim SERVIR o povo que representa, tenha ou não votado nesse eleito.
Assim se entende a democracia; assim se responsabilizam eleitos e eleitores; assim se possibilita que os cidadãos participem, cada vez mais, na vida cívica do seu País.
Perceba-se isso, ou perderemos a oportunidade histórica de fazer da vida pública um direito de TODOS.
(Artigo publicado no jornal "O Interior" em 4 de Dezembro de 2008)
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Para que serve?

Afinal, para que serve um edifício daqueles se os «serviços» são realizados na Câmara?
Vai-se saber o quê???

Esta será uma das questões a abordar a realizar em Haia, na sede da União Europeia de Cooperação Judiciária (Eurojust), entre delegações de polícias e magistrados portugueses e ingleses.
Em Portugal não são autorizadas escutas administrativas. Pelo lado português vão Cândida Almeida, do Ministério Público, e Pedro Carmo e Moreira da Silva, ambos da PJ. A reunião foi promovida pelo Eurojust depois de os ingleses terem detectado dinheiro do negócio em offshores sediadas naquele país.
O objectivo agora é trocar formalmente as informações recolhidas, de forma a perceber se houve ou não o pagamento de luvas milionárias – estimadas em quatro milhões – pelo licenciamento de construção do empreendimento Freeport, em Alcochete, decidida no último Conselho de Ministros do governo de António Guterres e quando José Sócrates era o titular da pasta do Ambiente.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
E agora?

1. Solidarizar-se com a luta dos professores e educadores em defesa da Escola Pública com qualidade.
2. Recomendar a imediata suspensão da avaliação em curso e que o governo aceite um entendimento com os sindicatos.
3. Enviar a presente moção ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, à Ministra da Educação, ao Presidente da Assembleia da República, aos Grupos Parlamentares, assim como aos Movimentos e Sindicatos de professores e educadores.
domingo, novembro 30, 2008
A campanha do chupa-chupa

Amigos & Cª.

sábado, novembro 29, 2008
Uma esmolinha, para o santo antónio!!!

A Golpada continua

O BPP apresentou lucros de 24,4 milhões em 2007 e 18,2 milhões em 2006. Apesar de nesses anos não terem sido pagos prémios aos administradores, as remunerações dos quatro administradores executivos aumentaram 25,5% em 2007, se incluirmos o valor pago em salários e acções do próprio banco.
quinta-feira, novembro 27, 2008
Saber viver é vender a alma ao diabo
Cada vez mais se devia falar do dia do concelho e das suas gentes e menos no dia de uma cidade, qualquer que seja.
Há muito que as cronologias e os tempos deixaram de ser marcados por reis, príncipes, ditadores e outros que tais.
Quem marca o tempo e a mudança são as pessoas, é o colectivo que ainda se chama povo.
Vem tudo a propósito do texto e do contexto que procurei para tema desta lembrança – da Guarda.
Não venho falar dos milhões gastos na plataforma, nem dos milhares gastos com a iluminação do templo, que faz lembrar um campo de aviação, sem aviões, mas com muitos e muitos jactos de interesses;
Gosto dos que não sabem viver,
dos que se esquecem de comer a sopa
(Allez-vous bientôt manger votre soupe,
s... b... de marchand de nuages?»)
e embarcam na primeira nuvem
para um reino sem pressa e sem dever.
Não venho falar da hipocrisia dos dinheiros gastos nas acessibilidades, pois nem a «bandeirada» apaga a confrangedora situação das ruas, passeios, transportes e outros locais inacessíveis à generalidade dos cidadãos portadores de deficiência;
Gosto dos que sonham enquanto o leite sobe,
transborda e escorre, já rio no chão,
e gosto de quem lhes segue o sonho
e lhes margina o rio com árvores de papel.
Não venho falar da arrogância, prepotência com que os vários poderes tratam os que não se conformam com a «situação» e se opõem democraticamente às ordens da maioria;
Gosto de Ofélia ao sabor da corrente.
Contigo é que me entendo,
piquena que te matas por amor
a cada novo e infeliz amor
e um dia morres mesmo
em «grande parva, que ele há tanto homem!»
(Dá Veloso-o-Frecheiro um grande grito?..)
Não venho falar das condições de vida dos que heroicamente, porque de heroísmo se trata, vão, teimosamente, insistindo e resistindo em ficar por terras da Guarda;
Depois, aparecem sempre os vendedores de ilusões,
Passarinheiros, também gosto de vocês!
Será isso viver, vender canários
que mais parecem sabonetes de limão,
vender fuliginosos passarocos emplumes?
Não venho falar da asfixia financeira, nem dos impostos municipais que todos os anos aumentam;
Mas senta aqui, mendigo:
vamos fazer um esparguete dos teus atacadores
e comê-lo como as pessoas educadas,
que não levantam o esparguete acima da cabeça
nem o chupam como você, seu irrecuperável!
Por que não põem cifrões em vez de cruzes
nos túmulos desses rapazes desembarcados p'ra morrer?
Não venho falar da FOME que já seca rostos e queima as veias dos que são despedidos das poucas empresas que existem; dos agricultores mortos nas valas da jeira que não produz; dos jovens que queimam ilusões e canudos na fogueira da inquisição dos saberes decrépitos;
Não venho falar! Não!
Falo-vos de outra gente.
Gente que por cá existe e sabe viver.
Ou seja, «saber viver é vender a alma ao diabo».
Hoje, agora e aqui, lembrei-me da tua poesia Alexandre O’ Neil.
Vá-se lá saber porquê?
Les portugueux...
não pensam noutra coisa
senão no arame, nos carcanhóis, na estilha,
nos pintores, nas aflitas,
no tojé, na grana, no tempero,
nos marcolinos, nas fanfas, no balúrdio e
... sont toujours gueux,
mas gosto deles só porque não querem
apanhar as nozes...
Dia da cidade, não é?
Pois então, que comece o foguetório, toque-se o hino que o almoço não espera.
Jorge Noutel
Deputado à Assembleia Municipal da Guarda pelo Bloco de Esquerda.
(Artigo publicado no Terras da Beira, de 26 de Novembro, a propósito do Dia da Cidade da Guarda)
terça-feira, novembro 25, 2008
E a lista não pára

Sebastião & Pinho

O crepúsculo

Mas, o verbo que se fez peça jornalística, assinala os 40 anos do histórico Álbum Branco dos Beatles, e elogia a banda e John Lennon.
Senhor Silva e almoços num dia dito de cidade

– V. Exª – tinha eu observado – devia, muitas vezes, durante as férias, vir passear aqui e sentir-se inspirado...
Alipio
– Não o conte em Lisboa, Zagalinho, mas uma noite, aqui compus versos!
Era uma noite de apetite: eu andava aqui a passear, a pensar, fumando o meu charuto, – que a tia Amália tinha horror ao fumo do tabaco –quando, de repente, a Lua ergueu-se por detrás dos salgueiros e um rouxinol pôs-se a cantar... e sem saber como, fiz uma quadra. Não a repita! Lembra-me perfeitamente:
Deus existe! Tudo o prova,
Tanto tu, altivo Sol,
Como tu, raminho humilde
Onde canta o rouxinol!
Zagalo
Bravo, bravo.
Alipio
– O pensamento é bonito, mas não o diga em Lisboa, Zagalinho. Se os jornais soubessem que fiz versos... Que gostinho para a oposição...
Zagalo
– Que gostinho para a oposição, mas que glória para o ministério...
Alipio
– Enfim, são rapaziadas. Todos nós, mais ou menos, em rapazes, fomos poetas e republicanos... Antes isso que andar a beberricar genebra nos botequins e frequentar meretrizes... Mas quando se entra na verdadeira vida política, é necessário pôr de lado esses sentimentos ternos...Um poeta não pode ser Ministro do Reino, mas pode muito bem ser Ministro da Marinha.
Zagalo
Grande verdade política!
Deus existe! Tudo o prova,
Tanto tu, altivo Sol,
Como tu, raminho humilde
Onde canta o rouxinol! »
«O Presidente da Câmara Municipal da Guarda e o Centro de Estudos Ibéricos têm o prazer de convidar V. Exa. (ou seja este simples cidadão) para o Almoço Comemorativo do Dia da Cidade que terá lugar no dia 27 de Novembro de 2008, pelas 13h00, no Café Concerto do Teatro Municipal.»
Solicita-se a confirmação!!!!
E apresentação do convite no dia da cerimónia!!!!
O Senhor Presidente convida???? Então será o Senhor Presidente quem paga???
Generoso!!!!
Ou será generoso como o subsídio de desemprego o é para o Senhor do Banco de Portugal?
Se é, então é grave!!!
Não será o Senhor Presidente a pagar mas sim os IMPOSTOS dos Portugueses!!!!
Assim sendo, o Exa. de cá, devolve o convite e NÃO VAI AO ALMOÇO!!!!
Não queremos contribuir para a degradação das finanças da Câmara.
No caso de aceitarem a nossa sugestão, de cada um pagar o seu almoço, poderá haver a hipótese de estarmos presentes.
Perceberam???
Saber viver é vender a alma ao diabo,
a um diabo humanal, sem qualquer transcendência,
a um diabo que não espreita a alma, mas o furo,
a um satanazim que se dá por contente
de te levar a ti, de escarnecer de mim...
segunda-feira, novembro 24, 2008
A frase do dia .......

" A TV é a lavandaria do regime. (...) Dias Loureiro (...) foi ao estúdio de baraço ao pescoço e sem bigode, confessando que, sim, era administrador da SLN, mas, enquanto aconteciam no BPN as trapaças que têm vindo a público (e as que hão-de vir) calhou sempre de estar a olhar para o outro lado."
Manuel António Pina, "Jornal de Notícias", 24-11-2008