Ao ouvir os comentários da seita raivosa, com a greve do dia e complementada na forma como Jorge Pinto esmagou a minhoca fascista, só podia concluir que tinha assistido a um debate diferente do que comentavam.
Ao ponto de um asno ou jumenta ter dito, pasme-se, que não dava a classificação pelo desempenho dos intervenientes, mas por aquilo que quem assistiu ficou a perceber.Ou seja, o ficamos a saber que agora alguns imbecis comentadores possuem uma bola de cristal que adivinha os pensamentos dos portugueses.
Entendido na perfeição.
Mas aos asnos e jumentos não importaram o chorrilho de mentiras, falsidade e disparates que o chefe da extrema-direita proferiu. Não, só interessa pensar no pensar dos portugueses.
Acéfalos.
Como sempre o moderador, neste caso a moderadora, não só não teve mão no palavreado insultuoso e indecoroso do chefe da extrema-direita, como no final, deu-lhe mais tempo. Já é habitual.
Uns mercenários pagos até ao mais pequeno dízimo.
Jorge Pinto ria-se, como qualquer pessoa de bom senso e civilizada só podia fazer ao ouvir um patego palestrante.
No universo asinino, o que for há de zurrar O que significa que cada um age segundo a sua natureza ou condição. A melhor censura a alguém que fala disparates ou diz asneiras é não lhe dar ouvidos ou sequer responder, pois estará a comportar-se da mesma forma, ou seja, como o burro que zurra.
Em suma, é de considerar que, num contexto daqueles, as pessoas vão manifestar a sua verdadeira essência ou nível de inteligência através das suas ações e palavras e rindo-se do burro.
De uma vez por todas que se perceba que quando tudo rola sobre caroços de azeitona o piso é escorregadio. E quem age com desinteresse ou apatia em relação a algo, ou alguém, cavalga a indiferença e anda a cavalo ou de burro. O foco não é o meio de transporte, mas sim o comportamento de ignorar sentimentos, necessidades ou consequências.
Continuo a concordar com Miguel Torga quando disse que em Portugal, as pessoas são imbecis ou por vocação, ou por coação, ou por devoção. Escolha-se!
