quarta-feira, maio 01, 2024

Poço sem fundo?

As sucessivas equipas que andaram pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa depauperaram todo o património.
Desde a compra do Hospital da Cruz Vermelha, aos apoios cada vez menores ao Centro do Alcoitão, ao Hospital Ortopédico Sant’Ana, na Parede, à tentativa, felizmente gorada, de investir 200 milhões de euros para entrar na então Caixa Económica Montepio Geral há dois anos tendo a Santa Casa investido "apenas" 75 mil euros. Tudo foi péssima gestão.
Os sucessivos governos sabiam do estado lastimoso em que a detentora do jogo em Portugal se encontrava.
Não há desculpas! Há, isso, sim, cumplicidades.
Todos são responsáveis pela situação desastrosa em que a instituição se encontra. TODOS os da casta política!
Mas há mais....
Depois da queda do BES e do GES e ter deixado em maus lençóis a Fundação Ricardo Espírito Santo, a Santa Casa fez uma parceria com a entidade para o restauro do seu próprio património e terá passado a ser a principal financiadora. Em 2018, foi a vez de estender a mão a Raríssimas, a associação para ajudar crianças com doenças raras que caiu em desgraça depois das irregularidades e desvios atribuídos à sua fundadora.
Os apoios sociais a que a Santa Casa está obrigada têm diminuído.
No entanto, apoiam-se federações desportivas de duvidosa aplicação. Abundam as ofertas a atletas com equipamentos desportivos e outros sem qualquer ordem de razão.
O caos é total. E os beneficiários dos saques mais que muitos!