A Associação Nacional de Farmácias considera positivo o aumento, recentemente decretado, dos medicamentos.
A presidente da Associação considera que desta forma evita-se a exportação de medicamentos e a consequente roptura de stocks.
Ou seja, para a presidente da Associação, se um medicamento tiver um preço demasiado baixo a indústria não tem interesse em produzi-lo.
Tudo claro, senhora presidente!
É a indústria dos medicamentos a perseguir o lema de qualquer mercado: «o bendito lucro aos milhões»!
Esqueceu-se, vá-se lá saber a razão, de referir duas coisas importantes.
A primeira diz respeito à ruptura do stock de medicamentos de elevadíssimo custo para os utentes, mas que em países como os Estados Unidos da América do Norte ainda conseguem ter um custo maior que em Portugal.
Logo, os americanos descobriram a forma de sacarem os remédios a custo mais reduzido em países como Portugal. Depois lembrar à Presidente que as comparticipações do Estado estão a ser reduzidas ao mínimo com um truque escabroso da indústria. Colocam no mercado medicamentos novos, que não têm concorrência a nível dos genéricos - é proibida a sua existência por vários anos, e o preço é proibitivo para a grande maioria dos portugueses.
Logo a exportação continuará a acontecer não pela redução dos preços, mas pela exorbitância dos mesmos.
Não tente ludibriar os portugueses.