A morte de Godard recorda-nos os anos épicos do cinema francês em toda a Europa, onde a influência hollywoodesca ainda não dominava.
A chamada Nouvelle vague teve em Godard um dos seus expoentes máximos.
O cinema passou a ter uma forte componente política com Godard, goste-se ou não do estilo e da forma.
É frequentemente considerado o cineasta francês mais radical das décadas de 1960 e 1970 e muito justamente.
Godard procura na filosofia existencial e marxista o mote para os seus filmes, sendo que no final de carreira Godar se voltasse mais para o conflito humano numa perspectiva humanista e marxista.
Mesmo assim não esquecer «Jusqu'à la victoire (1970; Até a vitória) onde enfatiza a guerrilha palestina.
Godard, quer queiram ou não, influenciou muitos realizadores de renome.
Há filmes como o "O Acossado", "O Desprezo" e "Pedro, O Louco" que não pertencendo à fase da intervenção política continuam a marcar a histografia cinematográfica do cinema francês e de uma geração.
Vencedor de vários prémios e o Óscar Honorário não podemos nem devemos esquecer alguém que ajudou a crescer uma geração crítica e atuante face a um mundo em transformação.
Obrigado Godard.