quinta-feira, setembro 29, 2022

Assembleia Municipal da Guarda II

No período «Antes da Ordem do Dia», um deputado do PSD apresentou uma moção no sentido de que as reuniões do executivo camarário fossem transmitidas via áudio e vídeo e ficassem registadas para posterior visualização dos munícipes.
Uma moção que se saúda. É de todo o interesse que os munícipes percebam, com toda a transparência, sem filtros de qualquer espécie, como é gerida a câmara. 
Mais uma vez saúda-se a iniciativa. 
Lembrar que outros municípios, em Portugal, já o fazem!
Podia-se e devia-se ter ido mais à frente. 
Possibilitar aos cidadãos participação «on line» na própria reunião do executivo. 
Bem sei, deixaríamos de ter uma democracia representativa e passar-se-ia a uma democracia participativa. 
E isso não interesse aos poderes instalados.
Mas o insólito aconteceu, a bem da falta da transparência da coisa pública, a mesa da Assembleia Municipal pura e simplesmente recusou a moção. 
Justificações? 
Todas elas descontextualizadas, ridículas e a procurar dar cobertura ao secretismo das reuniões do executivo. 
Chegou-se ao ridículo de comparar uma decisão semelhante da Assembleia da República às reuniões do Conselho de ministros. 
Ridículo. 
Chegou-se ao cúmulo de argumentar com custos adicionais para a câmara. E as festas e festinhas são mais importantes que a transparência dos actos públicos? 
Para a Mesa parecem ser!
Por fim, e mais uma vez por desconhecimento do regimento, o próprio presidente da Assembleia sugeriu ao grupo parlamentar do PSD que recorre-se à figura da contestação da decisão da Mesa.
Feita a votação, a moção foi aceite pelo plenário.
Derrota total do «Pela Guarda» que apoia o actual executivo!
Aceite pelo plenário a moção viria a ter a mesma sorte.
FOI APROVADA!
Fica-se agora à espera que o executivo camarário CUMPRA com a deliberação da Assembleia Municipal.