No período «Antes da Ordem do Dia», um deputado do PSD apresentou uma moção no sentido de que as reuniões do executivo camarário fossem transmitidas via áudio e vídeo e ficassem registadas para posterior visualização dos munícipes.
Uma moção que se saúda. É de todo o interesse que os munícipes percebam, com toda a transparência, sem filtros de qualquer espécie, como é gerida a câmara.
Mais uma vez saúda-se a iniciativa.
Lembrar que outros municípios, em Portugal, já o fazem!
Podia-se e devia-se ter ido mais à frente.
Possibilitar aos cidadãos participação «on line» na própria reunião do executivo.
Bem sei, deixaríamos de ter uma democracia representativa e passar-se-ia a uma democracia participativa.
E isso não interesse aos poderes instalados.
Mas o insólito aconteceu, a bem da falta da transparência da coisa pública, a mesa da Assembleia Municipal pura e simplesmente recusou a moção.
Justificações?
Todas elas descontextualizadas, ridículas e a procurar dar cobertura ao secretismo das reuniões do executivo.
Chegou-se ao ridículo de comparar uma decisão semelhante da Assembleia da República às reuniões do Conselho de ministros.
Ridículo.
Chegou-se ao cúmulo de argumentar com custos adicionais para a câmara. E as festas e festinhas são mais importantes que a transparência dos actos públicos?
Para a Mesa parecem ser!
Por fim, e mais uma vez por desconhecimento do regimento, o próprio presidente da Assembleia sugeriu ao grupo parlamentar do PSD que recorre-se à figura da contestação da decisão da Mesa.
Feita a votação, a moção foi aceite pelo plenário.
Derrota total do «Pela Guarda» que apoia o actual executivo!
Aceite pelo plenário a moção viria a ter a mesma sorte.
FOI APROVADA!
Fica-se agora à espera que o executivo camarário CUMPRA com a deliberação da Assembleia Municipal.