segunda-feira, janeiro 25, 2021

Portugueses de primeira e de quarta

Foi traçado um plano de vacinação onde estavam definidas as prioridades, dividas em três grupos, e depois de conhecido este plano não se registaram protestos.
O plano parecia ajustado e foi aceite pela generalidade dos cidadãos.
Os casos de suspeitas de infecção do Presidente, com testes e mais testes, dúvidas e hesitações, começou a aparecer quem dissesse que os principais representantes da nação deviam ser incluídos no primeiro grupo a aceder à vacinação.
Houve informações contraditórias sobre a vacinação de membros de órgãos de soberania (nunca definindo quem ficaria incluído), e agora vemos a ministra Temido anunciar que a seguir aos lares de idosos irá avançar-se para “a vacinação dos outros serviços essenciais”,
Não concordo com a inclusão (muito indefinida) de titulares de órgãos de soberania no grupo dos serviços essenciais, onde não estão os trabalhadores das mercearias e supermercados, talhos e peixarias, bem como os da recolha de resíduos sólidos e tantos outros que permitem que a país seja abastecido, tenha as devidas condições sanitárias e funcione dentro da normalidade possível.
Estas alterações ao plano inicial deixam sempre a sensação de que alguns podem passar à frente de outros, e que somos todos iguais, mas alguns mais do que outros.
Portugueses de primeira e de quarta.
Nojo.