Mais uma palhaçada de medidas.
Costa tenta remediar as meias (doses) com doses pequenas.
Como no «O Leopardo» finge-se que se alterou alguma coisa para que tudo fique na mesma.
E depois as medidas idiotas.
A pior de todas.
A presença nos jardins.
É possível ir ao jardim, mas não se pode permanecer.
Isto é, vou passear duas horas para um jardim, mas se não me sentar num banco isso significa que não permaneci.
Não tenho o direito a permanecer.
Para Costa o perigo de contágio está nos que se sentam e não nos que fazem corrida e passam a meio metro dos outros, mandando perdigotos em todas as direções. Esses não contagiam.
São proibidas as vendas ao postigo. Desde cuecas a meias passando por café tudo fora dos postigos.
São proibidas todas as campanhas de saldos, promoções e liquidações que promovam a deslocação ou concentração de pessoas.
Mas as lojas não estavam fechadas?
Ou eram saldos, promoções e liquidações aos postigos?
No fim destas medidas ridículas vem a conclusão de que tudo depende de nós próprios, isto é, se alguma coisa correr mal a culpa é dos portugueses.
Na primeira onda foi o milagre.
E até se arranjaram heróis, heroínas e personalidades do ano, na segunda e terceira vagas arranjam-se culpados.
Em vez de medidas a sério arranjam-se culpados e inventam-se sobressaltos cívicos.
O avanço dos medíocres é assustador.
Só faltou mesmo a «alegria» do outro.