sexta-feira, julho 08, 2016

O filme do acordar para a realidade - parte I


 
A propósito dos recentes e passados acontecimentos de racismo, de manifestações contra quaisquer minorias numa civilização americana, lembrei-me de um filme que me marcou na adolescência.
O filme chama-se Easy Rider!
Se tiverem oportunidade vejam, em especial certa gente que nada percebe como se constrói o «ser cidadão»!
Easy Rider é um filme de 1969 escrito por Peter Fonda, Dennis Hopper e Terry Southern, produzido por Fonda e dirigido por Hopper.
Conta a história de dois motociclistas que viajam através do sul e sudoeste do Estados Unidos, com o objectivo de alcançar a liberdade pessoal. Os protagonistas são dois motociclistas, Wyatt (Fonda) e Billy (Hopper). Wyatt veste-se de cabedal adornado com a bandeira americana, enquanto Billy veste calças e camisa ao estilo dos nativos americanos.
Depois de contrabandearem drogas do México para Los Angeles, Wyat e Billy vendem a mercadoria a um «boss» (protagonizado por Phil Spector) num Rolls-Royce. Com o dinheiro da venda armazenado em mangueiras dentro dos tanques de gasolina, eles rumam ao leste do país na tentativa de chegar a Nova Orleans, na Luisiana.
No entanto…
Easy Rider é um marco na filmografia de contracultura, e a "pedra-de-toque" de uma geração" que "capturou a imaginação nacional".
Contracultura é um movimento que teve seu auge na década de 60, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e utilizando novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do quotidiano, embora o movimento Hippie, que representa esse auge, almejasse a transformação da sociedade como um todo, através da tomada de consciência, da mudança de atitude e do protesto político.
Easy Rider explora as paisagens sociais, assuntos e tensões na América da década de 60.
Easy Rider desperta consciências e, lá como cá, está na génese da revolta de jovens contra a guerra, os regimes ditatoriais, de qualquer cariz e matiz, da luta pela liberdade individual e colectiva, pela democracia e, pelo acesso à cultura e ao conhecimento de toda uma sociedade e não apenas uns priveligiados.
Ontem, como hoje, ser diferente causava arrepios e tensões numa sociedade acéfala, tacanha e submissa a interesses e poderes que tudo usurpavam.
VEJAM E PENSEM SEMPRE QUE O FILME FOI REALIZADO EM 1969!
DIFERENÇAS?
ENCONTREM-NAS!
O final do filme REVELA TUDO, se mais alguma coisa fosse preciso...