O show on do caso das escutas continua a dar que falar.
Interessa, de que maneira, que se vá comentando e sabendo a conta-gotas qualquer coisinha, até que um novo «escândalo» rebente por aí, com a chancela e o «interesse» de Sócrates.
Tudo a fingir.
Tudo para se venderem jornais e haver notícias que de uma forma encapotada escondam os reais problemas dos Portugueses.
Tudo bem orquestrado.
Ganham todos.
Os que vendem e os que recebem chancelas, vinhetas, apostilhas e editais.
É assim, só que ainda há papalvos que vão na bisca lambida.
Caem, levantam-se e voltam a cair.
Os patos, sem penas, do costume.
Agora, só agora, ou seja quando o conta-gotas quis, ficaram-se a saber os argumentos do presidente do Supremo Tribunal de Justiça para considerar ilegais e não procedentes as suspeitas que recaíram sobre o primeiro-ministro, após a intercepção de conversas telefónicas com o arguido Armando Vara.
E, passado todo este tempo, verifica-se que Noronha, o do Nascimento é ainda mais claro do que foi o Monteiro, o Pinto.
Vale a pena recordar o que diz, o Noronha: "O conteúdo dos 'produtos' referidos", lê-se no despacho, "não revela qualquer facto, circunstância, conhecimento ou referência, susceptíveis de ser entendidos ou interpretados como indício ou sequer como uma sugestão de algum comportamento com valor para ser ponderado em dimensão de ilícito penal."
Mais claro não podia ser.
Finalmente, o conta-gotas ejaculou.
Tanto tempo para ejacular isso?
Estranha-se!!!
Mas esta ejaculação, retardada, não fecha, necessariamente, o dossiê das escutas.
Noronha, o do Nascimento diz, também, que o juiz de Aveiro errou ao aprovar as escutas, mas que a lei que as torna invioláveis quando feitas ao primeiro-ministro não é uma boa lei.
Ou seja, O Noronha veio dizer o que todos já sabíamos, que a legislação que temos - feita por acordo entre PS, PSD e CDS - não permite um escrutínio fidedigno das mais altas figuras do Estado.
Será que tudo isto interessa a alguém?
A ser assim, as dúvidas só serão desfeitas ou confirmadas, quando uma «tal comissão» voltar a rever os códigos penais.
Será?