Os instrutores da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERCS), do processo de averiguações relativo, à apreciação da existência ou não de ingerência externa na suspensão do Jornal Nacional de 6.ª Feira da TVI, pediram escusa do processo.
As justificações «avançadas» dizem que foram divergências entre os membros do Conselho durante as audições a José Eduardo Moniz e a Manuela Moura Guedes.
Divergências???
Quais???
No pedido de escusa enviado ao presidente do Conselho Regulador, Telmo Gonçalves, coordenador da Unidade de Análise de Média, e Correia de Matos, director do departamento jurídico da ERC, revelam que "foram confrontados", no início da audição a José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes, a 29 de Dezembro, "com divergências manifestadas por membros do Conselho Regulador face ao método de recolha e registo dos respectivos depoimentos".
No documento, os dois instrutores dizem ter sido "surpreendidos por várias notícias dando conta do sucedido [nas audições] bem como sobre diligências seguintes a tomar pela ERC".
Considerando que este tipo de "vicissitudes prejudicam necessariamente o bom andamento do procedimento, podendo condicionar a definição das diligências a efectuar", os dois instrutores solicitaram ao Conselho Regulador que passasse a supervisionar o processo.
Pedido que foi deferido.
Depois deste pedido por parte de Telmo Gonçalves e Correia de Matos, a supervisão poderia passar para um dos membros do conselho regulador.
No entanto, e há sempre um entretanto, não houve vontade dos membros do conselho em assumir esse papel por não estarem reunidas condições efectivas de autonomia para assumir essa função. Uma coisa já sabemos o processo vai ser «atrasado»!!!
A quem convém tal atraso, a juntar a outros atrasos?
O tempo o dirá, na altura certa.