quinta-feira, janeiro 29, 2009

Uma morte anunciada (II parte)

Novo folhetim da novela do Hospital da Guarda.
Qualquer semelhança com a realidade É VERDADEIRA COINCIDÊNCIA.

Janeiro 2005 – No âmbito da campanha para as legislativas, o PS anuncia que abandonará o projecto das parcerias público-privadas com excepção dos hospitais cujos concursos já estão iniciados: Loures, Cascais e Braga. Para a Guarda defende a recuperação do Plano Director. Fernando Cabral afirma considerar que se está “na estaca zero”.

Fevereiro 2005 – Ana Manso reúne com Isabel Garção e condena a proposta socialista de recuperação do Plano Director, reafirmando a intenção de construção de um hospital novo de raiz.

Maio 2005 – Ministério da Saúde (já socialista) confirma que o hospital da Guarda não integra o lote dos 5 hospitais a ser construídos no âmbito das parcerias publico-privadas.

Maio 2005 – Álvaro Guerreiro (presidente da Câmara): “Agora já não há dúvidas. O projecto vai ser retomado para depois ser lançado concurso para as obras. O compromisso eleitoral do 1º ministro, de modernizar o hospital da Guarda, vai ser cumprido e tudo o resto são especulações.”
Junho 2005 – Fernando Girão: “O Plano Director está feito, agora temos que sentar à mesa o IPPAR e a DGEH. A localização do Sousa Martins é única no país e talvez na Europa, mas isto tem custos arquitectónicos e torna as coisas mais lentas, mas vamos tentar.”

Outubro 2005 – Victor Gonçalves, responsável pela divisão de Instalações e Equipamentos da ARS Centro apresenta a Joaquim Valente, candidato socialista à câmara da Guarda em campanha eleitoral, o projecto do “novo hospital da Guarda”. E explica: “A obra só poderá iniciar-se após a construção do novo Centro de Saúde da Guarda também previsto para o Parque da Saúde.”

Outubro 2005 – Fernando Girão: “Até Ana Manso acredita que esta será a melhor forma da Guarda ter um hospital digno, penso por isso que esta opção é irreversível. Espero que as obras se iniciem em 2007”.

Fevereiro 2007- Reunião entre a câmara e o CA do HSM – é anunciado que um grupo de trabalho nomeado pelo ministro da saúde, tem até 15 de Abril para definir o programa funcional do novo hospital da Guarda. Joaquim Valente (presidente da câmara): “É importante que, no ano em que o HSM comemora 100 anos, se comece a fazer aquilo que é determinante para que o novo hospital seja uma realidade. A câmara não vai abdicar de saber o que se faz e quando nesta matéria. Era importante que o projecto estivesse aprovado no final do ano e pronto para execução.”

Maio 2007 – Correia de Campos (ministro da saúde) no âmbito das cerimónias de comemoração do centenário do sanatório: “O hospital cujo programa hoje aprovámos foi organizado no pressuposto da criação do Centro Hospitalar da Beira Interior. Aqui chegados, quais os próximos passos? Devolver o novo programa funcional ao gabinete projectista para que trabalhe, sem demora, no novo projecto. Assim sendo, deverão ser de imediato realizados os trabalhos preparatórios: plano de negócio, planeamento a 3 ou 5 anos, modelo da transição das actuais instalações para as futuras, incluindo o modelo integrado.”

Numa próxima edição continuaremos a publicar novos folhetins desta COMÉDIA-TRÁGICO PEDANTE desta corja de embusteiros.