segunda-feira, dezembro 01, 2025

Ladrões

Macron exibe-se com toda a reserva de ouro que a França possui.
Uma pergunta simples e ingénua!
A França tem minas de exploração de ouro?
NÃO, NÃO TEM!
Percebe-se a "sua origem".



Debate António Filipe e João Cotrim.

Quando os liberais debatem com alguém com poder argumentativo verdadeiro, normalmente perdem.
No debate foi evidente quem defende os interesses de quem.
O João Cotrim está do lado dos interesses do 1% dos mais ricos e António Filipe dos 99% da população real do país entre muito pobres, pobres e menos pobres.
Há dois milhões e meio de trabalhadores que não levam mil euros para casa no fim do mês!
A tal riqueza que aumenta para uns, mas não é extensiva a todos.
António Filipe, para além de ter reduzido os argumentos de Cotrim a intenções sem qualquer viabilidade, como Presidente da República ainda o obrigou a falsear afirmações.
A lei do Trabalho tem tido várias atualizações, tudo a favor do patronato, e a última foi do tempo do Bagão Félix. É só estudar!
O Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, SIGIC, criado a visar diminuir os tempos de espera, foi aprovado em resolução de Conselho de Ministros em 2004 e não em 1998, como disse Cotrim.
É só estudar!
Depois a "multiplicação dos pães" no Serviço Nacional de Saúde foi muito mal explicada por Cotrim. Beneficiar o privado com retirada, de ainda mais dinheiro ao público e reduzindo impostos aos mais ricos? De onde viria o dinheiro?
É só estudar! 
Não há milagres em economia e muito menos em finanças, como gestor devia saber.



País pobre?

"Somos um país pobre, metam isso na cabeça" não é senhor Pacheco Pereira?
E os milhões que os agiotas, empresas de distribuição, especuladores, hospitais privados, redes de criminosos que exploram imigrantes e outros que tais, que vão a ganhar em Portugal, senhor Pacheco Pereira? E as grandes empresas que recebem benesses todo o estilo e feitio e fogem aos impostos?
Criar riqueza? Falavam eles.
Há riqueza está é mal distribuída.
Veja se percebe senhor Pacheco Pereira e restante canalha.



Fernando Pessoa

Fernando Pessoa faleceu a 30 de novembro de 1935, há exatamente 90 anos.
Lembro Fernando Pessoa com este poema.
POEMA EM LINHA RETA
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.