O conceito de culto à personalidade remete-nos a uma forma de propaganda que eleva a figura de líder político a dimensões quase religiosas.
Os regimes democráticos, os da democracia representativa, usam e abusam do "culto à personalidade" recuperando uma prática de regimes ditatoriais.Faz parte da concepção equivocada de que a história não é feita pela sociedade em si, mas unicamente pelas ações de figuras capazes de manifestar a vontade geral.
Essa concepção não é um erro acidental, mas uma forma estratégica de legitimar a dominação exercida pelo líder, justificando as suas ações e criando uma atmosfera de adoração, medo, distribuição de benesses, sorrisos e muito dinheiro pelos amigalhaços e parasitas.
Do ponto de vista material, o culto à personalidade expressa-se de diversas formas - festas, saraus, galas, comemorações, condecorações, utilização de espaços públicos, e dos ‘media’ da sua pertença para glorificação do "chefe" e da sua "obra"! A propaganda é assim difundida e exalta as supostas virtudes e feitos históricos do "chefe" em prol do povo.