Enquanto por cá se fala em superavit, lá por fora, na Europa, aperta-se o cinto.
No Reino Unido aumentam os impostos e anunciam-se cortes na despesa pública.O objetivo é tapar o “buraco” orçamental de 22 mil milhões de libras (cerca de 26,4 milhões de euros) que o Labour acusa os conservadores de terem deixado nos cofres do Estado.
E mais uma vez acontece o que é já uma regra de ouro para os que ganham as eleições!
Algumas destas medidas contrariam as promessas eleitorais do Labour durante a campanha para as eleições gerais de 4 de julho. Na altura, o líder trabalhista disse que não aumentaria os impostos sobre os trabalhadores e, mesmo perante as propostas já conhecidas, reitera que não serão atingidos por estas alterações. Porém, a oposição acusa o Governo de estar a “reinventar” o que se entende por trabalhador.
Trabalhador? Não! Colaboradores na linguagem acéfala dos liberais, claro!
Já na Alemanha a Volkswagen anuncia o encerramento de três das suas fábricas na Alemanha, e consequentemente com o despedimento de milhares de trabalhadores, e reduzir em 20% os salários dos trabalhadores restantes na Europa.
Isto significa que a crise está a chegar.
Não se iludam com discursos da treta.
Uns apresentam lucros fabulosos, outros caem na miséria.