segunda-feira, setembro 11, 2023

Golpe militar

Foi há 50 anos que a CIA apoiou o golpe militar de um canalha de nome Pinochet.
Isso mesmo, a mão invisível assassina da CIA, a força bruta do exército chileno comandado pelo assassino Pinochet e tendo como base teórica o liberalismo das escolas de Chicago de um tal Milton Friedman e da escola austríaca liderada por um Friedrich A. Hayek derrubaram Salvador Allende.
O triunvirato assassino estava preparado para matar um presidente, Salvador Allende, DEMOCRATICAMENTE ELEITO, e assassinar mais de 3 000 cidadãos, torturar cerca de 40 000 e cerca de 4 000 mulheres declararam ter sofrido violência sexual durante torturas cometidas durante a ditadura. E não esquecer os mais de 1 000 desaparecidos.
Um escandaloso banho de sangue que muita canalha quer fazer esquecer.
NUNCA!
Lá, como por cá, aquilo que se faz é esconder a barbárie. Nas escolas tenta-se limpar os horrores dos crimes cometidos.
“Cresci em democracia, mas no colégio nunca nos ensinaram corretamente o que aconteceu. Até há pouco tempo, não se falava de ‘golpe militar’, mas de ‘pronunciamento militar’. Para algumas famílias, o assunto era tabu. Crescemos com o costume de que, à mesa, não se falava de política nem de religião. Só agora a verdade começa a surgir com mais naturalidade”, explica à Lusa Melissa Leyton, de 33 anos.
Quem já se esqueceu do medo que nos impuseram logo a seguir ao 25 de Abril com os acontecimentos do Chile?
Não esquecemos! A burguesia com as calças na mão temia a onda de reivindicações de um povo a viver na miséria.
Os vampiros de sempre assustavam o povo português com o "papão" de uma nova ditadura. Acabou por acontecer, mas da forma mais nojenta com os representantes a venderem-se ao capital e a encherem a pança.
Vida de miséria, torturas e assassinatos de vária ordem nunca foram nem são um problema para os defensores do liberalismo, desde que as “liberdades económicas” sejam garantidas e os homens do balde existam.